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Juan Manuel Santos anuncia retorno de negociação de paz com o ELN

Presidente colombiando afirmou que negociação busca "salvar vidas" e deu como exemplo o acordo de paz firmado com as Farc em 2016

Internacional|Beatriz Sanz, do R7, com agências internacionais

Diálogo foi interrompido após assassinato de policiais
Diálogo foi interrompido após assassinato de policiais Diálogo foi interrompido após assassinato de policiais

O presidente da Colômbia, Juan Manuel dos Santos, anunciou nesta segunda-feira (12), após a realização das eleições legislativas e das prévias presidenciais, o retorno da negociação de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN). Ele afirmou que estava pensando em “salvar vidas, em uma paz completa para a Colômbia”.

As conversas com a guerrilha foram cortadas após o assassinato de 5 policiais na cidade de Barranquilla, em janeiro. O crime foi atribuído ao ELN.

Para comprovar as boas intenções, Santos disse que Gustavo Bell, responsável pelo diálogo com o grupo, viajará para Quito, onde as rodadas de negociações acontecem.

Um dos argumentos utilizados pelo presidente para tentar convencer a população sobre a importância do diálogo com o ELN foi a participação das Farc nas eleições que aconteceram no último domingo (11).

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As antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia abandonaram a luta armada e se transformaram no partido Força Alternativa Revolucionária do Comum e estiveram presentes nas cédulas da votação pela primeira vez na história.

O acordo de paz negociado pela antiga guerrilha e pelo presidente Santos concedeu ao partido Farc no mínimo cinco cadeiras na Câmara e outras cinco no Senado colombiano. A guerrilha do ELN havia proposto uma trégua unilateral durante as eleições.

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As eleições na Colômbia

Os dois candidatos escolhidos pelos principais partidos para a disputa presidencial do país são Gustavo Petro, ex-prefeito de Bogotá e ex-guerrilheiro e Ivan Duque, sucessor político do ex-presidente Álvaro Uribe. As eleições presidenciais estão previstas para acontecer no dia 19 de maio.

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O partido de Petro, Centro Democrático, conseguiu eleger maioria na Câmara e ficou em segundo lugar no Senado.

O legado de Juan Manuel Santos

O atual presidente colombiano não podia ser candidato a reeleição. Mas ele planeja deixar como legado os acordos de paz com a Farc, já firmado e também um acordo com o ELN.

O acordo definitivo com as Farc foi assinado em dezembro de 2016 após um referendo, onde a maioria da população votou contra.

Santos, inclusive foi premiado com um prêmio Nobel da Paz por seus esforços em acabar com o conflito que durou 52 anos e deixou mais de 600 mil mortos.

Apesar disso, o ex-presidente Álvaro Uribe e seu partido sempre foram contra o acordo de paz, o que faz com que santos corra contra o tempo para aprovar um acordo com a ELN. O receio do presidente é que, caso Petro seja eleito, o acordo de paz seja paralisado.

As eleições legislativas já serviram para mostrar a força que os uribistas ainda têm entre a população.

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