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Antiga Farc troca bombas por urnas em eleição na Colômbia

Farc terá cinco vagas garantidas no Senado de 108 cadeiras e outras cinco na Câmara Baixa

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Pesquisas mostram que partido terá dificuldade para conquistar cadeiras no Congresso através das urnas
Pesquisas mostram que partido terá dificuldade para conquistar cadeiras no Congresso através das urnas Pesquisas mostram que partido terá dificuldade para conquistar cadeiras no Congresso através das urnas

Quatro anos atrás, quando a Colômbia realizou eleições parlamentares pela última vez, Carlos Antonio Lozada estava fugindo de balas do Exército em trincheiras na floresta enquanto ele e outros rebeldes marxistas enfrentavam uma ofensiva do governo.

À época ele usava uniformes camuflados com o emblema das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) – dois rifles cruzados sobre a bandeira vermelha, azul e amarela da nação.

Agora, como candidato de 56 anos ao Senado na votação de domingo, Lozada não brande mais um rifle de assalto automático, e o emblema das Farc se tornou uma rosa vermelha com um fundo branco.

Hoje a sigla significa Força Alternativa Revolucionária do Comum e batiza o partido político que o grupo rebelde criou depois da assinatura de um acordo de paz em 2016.

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No momento em que a Colômbia se acomoda para o fim do conflito armado mais longa da América Latina, a Farc está pregando sua defesa dos pobres e outras propostas a um eleitorado tradicionalmente conservador, dividido entre aqueles que aceitam seu novo papel na política e aqueles que exigem que seus líderes sejam presos.

"Estamos aprendendo a ir a praças públicas e buscar um apoio maciço para nossas ideias com argumentos e propostas", disse Lozada à Reuters ao final de sua campanha para a eleição de domingo.

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De um palco em Fusagasuga, cidade agrícola próxima da capital, o ex-comandante rebelde delineou os planos da Farc para a mudança social a cerca de 200 apoiadores munidos de bandeiras e alguns curiosos.

"Foi nisto que apostamos quando assinamos o acordo (de paz)", disse Lozada, que atuou como comandante rebelde durante 39 anos.

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Como parte do acordo, a Farc terá cinco vagas garantidas no Senado de 108 cadeiras e outras cinco na Câmara Baixa de 172 assentos – mas pesquisas mostram que o novo partido terá grande dificuldade para conquistar cadeiras no Congresso através das urnas.

A Farc também expressou preocupação com a segurança de seus candidatos, já que muitos foram alvejados por manifestantes revoltados com tomates, garrafas e ovos durante a campanha.

O grupo sofreu um revés na quinta-feira, quando Rodrigo Londoño, candidato para a eleição presidencial de 27 de maio conhecido pelo nome de guerra Timochenko, desistiu de concorrer devido a problemas cardíacos. A Farc disse que não procurará um substituto.

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