Farc desiste de concorrer em eleições presidenciais na Colômbia

A Farc (Força Alternativa Revolucionária do Comum), partido oriundo dado grupo guerrilheiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciou nesta quinta-feira (8) que não irá mais concorrer à Presidência da República no país.

O candidato da Farc era Rodrigo Londoño, apelidado de Timochenko ou apenas “Timo”. Ele foi hospitalizado nesta semana com fortes dores no peito e sofre de problemas cardíacos. Timochenko deverá fazer uma cirurgia, mas os médicos não deram detalhes do procedimento, nem falaram quando deve acontecer.

Candidatos das Farc são hostilizados

Além disso, o líder do partido e ex-guerrilheiro tem sofrido tentativas de agressão. O partido da Farc ainda sofre com uma alta taxa de rejeição, por conta dos quase 50 anos de conflito na Colômbia.

A Farc acusa o movimento liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, que sempre foi contrário ao acordo de paz, de incentivar as agressões contra os membros do novo partido. No comunicado em que anuncia se afastamento a Farc destacou isso.

"Fomos obrigados a uma suspensão temporária da campanha devido à ausência de garantias e, particularmente, por causa dos ataques contra o nosso candidato presidencial [...] instigados por setores do Centro Democrático, que ameaçaram sua integridade pessoal".

Apesar dos contratempos na eleição presidencial, a Farc ainda concorre nas eleições legislativas que acontecem neste fim de semana. Nessa votação, a Farc já é vencedora, porque o acordo assinado entre a extinta guerrilha e o presidente Juan Manuel dos Santos prevê a garantia de 10 cadeiras. Serão cinco vagas asseguradas na Câmara e outras cinco no Senado.