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Presidente do Paraguai depõe sobre acordo de usina de Itaipu

Durante seu depoimento de 7 horas a promotores do MP paraguaio, Benítez teria concordado em ceder seu celular para as investigações

Internacional|Da EFE

Oposição abriu pedido de impeachment contra o presidente
Oposição abriu pedido de impeachment contra o presidente Oposição abriu pedido de impeachment contra o presidente

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, prestou neste domingo um depoimento de sete horas a promotores que investigam o polêmico acordo com o Brasil para a compra de energia de Itaipu.

O promotor Marcelo Ricci, um dos que compareceu à residência oficial da presidência de Muruvichá Róga, em Assunção, para ouvir o presidente disse em entrevista coletiva posterior ao depoimento que as declarações de Abdo Benítez foram muito detalhadas e ajudarão as investigações.

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"É um caso extenso, complexo, técnico, de muita especificidade, no qual certamente teremos que fazer algum tipo de perícia", afirmou Pecci, que pediu tempo para que as investigações sejam realizadas corretamente.

Por esse motivo, o promotor ressaltou que ainda é cedo para avaliar qualquer hipótese de punir o presidente do Paraguai pelo polêmico acordo firmado com o Brasil.

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Já a promotora Susy Riquelme, que também participou do depoimento, disse que Abdo Benítez está disposto a ceder seu telefone celular ao Ministério Público.

Mensagens trocadas pelo presidente e Pedro Ferreira, ex-diretor da Administração Nacional Elétrica (ANDE), foram divulgadas pela imprensa como "prova" de que ele sabia do acordo desde o início.

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Os promotores agora querem ouvir o vice-presidente do país, Hugo Velázquez, também envolvido no caso. Velázquez é acusado de ter dado ordens a um assessor para interferir nas negociações com o objetivo de excluir uma cláusula do acordo que daria à ANDE a possibilidade de vender a energia de Itaipu a empresas do Brasil.

Até o momento, além de Abdo Benítez, o Ministério Público já ouviu o ex-diretor da ANDE e José Rodríguez González, o assessor informal do vice-presidente acusado de interferir nas negociações.

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A renúncia de Ferreira por discordar do acordo foi o detonante da crise política que pode provocar o impeachment de Abdo Benítez e Velázquez.

O conteúdo do acordo, sigiloso até então, foi considerado pela oposição como lesivo aos interesses do país e motivou a apresentação de um pedido de impeachment contra ambos na Câmara dos Deputados do Paraguai.

Abdo Benítez tentou apaziguar os ânimos e aceitou as renúncias de várias importantes figuras do primeiro escalão do governo envolvidos no caso, entre elas a do ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Luis Alberto Castiglioni.

O presidente paraguaio também negociou com o Brasil a anulação do acordo.

Mesmo assim, a oposição não recuou e protocolou os pedidos de impeachment. No entanto, para que o processo siga ao Senado, os opositores precisam dos votos de uma dissidência do Partido Colorado, liderada pelo ex-presidente Horacio Cartes, que decidiu apoiar seu sucessor no cargo.

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