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Sobe número de mortos em meio a protestos e confrontos no Chile

Prefeita da região metropolitana de Santiago confirmou 11 mortes; consulado diz que um cidadão equatoriano morreu vítima de arma de fogo

Internacional|Do R7

Manifestantes encontram militares em Santiago do Chile, no domingo (20)
Manifestantes encontram militares em Santiago do Chile, no domingo (20) Manifestantes encontram militares em Santiago do Chile, no domingo (20)

Autoridades confirmaram, nesta segunda-feira, a morte de 11 pessoas durante as jornadas de protestos no Chile que tomaram conta das ruas de Santiago e em diversas cidades do interior. De acordo com a prefeita da região metropolitana da capital, Karla Rubilar, mortes ocorreram em diferentes incêndios em lojas e supermercados provocados durante saques neste domingo. Outras três tinham sido registradas no sábado.

O Consulado do Equador no Chile confirmou também a morte de um cidadão equatoriano, vítima de um tiro de arma de fogo na localidade de La Serena. Não está claro se a conta oficial das autoridades chilenas incluem esta vítima fatal.

Diversos saques e incêndios foram registrados pela imprensa local e nas redes sociais durante o fim de semana, na esteira de uma escalada de violência que começou após manifestações estudantis contra o aumento do preço da passagem do metrô na região metropolitana de Santiago.

No domingo, a Câmara de Deputados aprovou projeto que anula o aumento das passagens. O Senado deve votar o texto no início da tarde.

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Presidente diz que Chile está 'em guerra' e é criticado

Apesar do esperado arrefecimento dos confrontos, o presidente Sebástian Piñera, fez um duro pronunciamento na noite de domingo (20), dizendo que o Chile está "em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita a nada nem ninguém".

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A declaração foi mal recebida por políticos, como presidente do Senado, Jaime Quintana, que afirmou ser "um profundo erro o uso destas palavras". Quintana disse ainda que o que ocorre no país são "ações delituosas com uma resposta inadequada" do governo, gerando "mal estar entre a população".

Nas redes sociais, diversos vídeos registram cenas de confronto nas ruas da capital e cidades do interior no final de semana. Muitos denunciam a violência policial.

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O Instituto Nacional de Direitos Humanos confirmou que irá abrir pelo menos oito ações por violações de direitos e excessos cometidos por forças militares e policiais durante os protestos.

Toque de recolher em Valparaíso

A repressão policial às manifestações de sexta-feira (18) acabou gerando uma radicalização dos protestos e o decreto de Estado de Exceção colocou o exército chileno nas ruas no sábado — algo que não se via desde o fim da ditadura militar no país.

A capital, Santiago, amanheceu sem registros de confrontos, com o metrô voltando a funcionar parcialmente, sob forte aparato militar. Porém, com o estado de exceção vigente, muitas lojas, escolas e bancos não funcionam. A mídia local registra filas nos poucos supermercados abertos.

Porém as regiões de Valparaíso, no litoral, e Concepción, ao sul, decretaram toque de recolher a partir das 20h desta segunda-feira.

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