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Chile: Câmara aprova projeto para anular aumento da tarifa do metrô

Em sessão de emergência, deputados votaram proposta para cancelar reajuste que motivou violentos protestos que já deixaram oito mortos

Internacional|EFE

Centenas de pessoas protestaram na Plaza Itália, em Santiago, neste domingo (20)
Centenas de pessoas protestaram na Plaza Itália, em Santiago, neste domingo (20)

A Câmara dos Deputados do Chile aprovou neste domingo (20) em uma sessão de emergência, um projeto de lei para cancelar o aumento do preço da passagem de metrô de Santiago, reajuste que motivou os violentos protestos que desde a última sexta-feira deixaram pelo menos oito mortos.

A iniciativa legal foi aprovada por 103 votos a favor, 1 contra e 1 abstenção, e será vista pelo Senado esta amanhã para sua total ratificação.

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O projeto foi enviado com urgência pelo presidente do Chile, Sebastián Piñera, e se passar pelo Senado, terá o poder de cancelar o aumento das tarifas.


O deputado René Osvaldo, da coalizão de esquerda A Força da Maioria, foi o único legislador que votou contra, enquanto a deputada do Partido Comunista, Marisela Santibáñez, se absteve.

No último dia 6, o Metrô de Santiago, empresa privada da qual o Estado tem participação, aumentou em 30 pesos chilenos (R$ 0,17) o preço da passagem em hora do rush, chegando a 830 pesos chilenos (R$ 4,80).


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O preço é fixado pelo chamado Painel de Analistas com base em vários indicadores, como inflação, custo de suprimentos para sua operação e taxa de câmbio, entre outros, e aprovado pelo Ministério dos Transportes.


Em protesto contra o aumento das passagens, centenas de cidadãos, especialmente estudantes do ensino médio e universitários, compareceram às estações de metrô e entraram sem pagar, causando destroços e enfrentando a polícia.

Na última sexta, o protesto se estendeu para outras zonas do país, vislumbrando a saturação da sociedade pelo custo de vida no Chile e desigualdades.

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A radicalização desses protestos levou o Chile a um grave problema de ordem pública, com muitos atos de vandalismo, de barricadas nas ruas, incêndios e saques a lojas e supermercados.

O governo decretou o estado de emergência em várias regiões para colocar a segurança nas mãos do Exército.

Com o intuito de apaziguar os ânimos, Piñera anunciou o envio ao Congresso desse projeto de lei, enquanto busca uma fórmula para que as drásticas flutuações do dólar e do petróleo não afetassem as tarifas a serem pagas pelos cidadãos. EFE

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