Uma semana após o desaparecimento, mistérios sobre avião da Malaysia Airlines continuam
Diversas possibilidades e teorias ainda estão sendo cogitadas e investigadas
Internacional|Do R7, com agências internacionais
As buscas pelo avião da Malaysia Airlines, que desapareceu durante viagem entre Kuala Lumpur e Pequim, já duram uma semana e, até agora, pouco se sabe sobre o misterioso sumiço da aeronave que levava 239 pessoas. Essa falta de informações concretas tem gerado, a cada dia, mais teorias e linhas de investigação sobre o caso.
A mais recente delas foi divulgada pela agência de notícias Associated Press, na sexta-feira (14). Um oficial americano, que não quis se identificar, pois não tinha autorização para falar com a imprensa, disse que investigadores dos EUA estão considerando a hipótese de que o avião possa ter sido sequestrado em “um ato de pirataria”.
Segundo ele, é um sinal de “intervenção humana” o fato de o transponder do avião ter sido desligado cerca de 12 minutos antes de as comunicações entre aeronave e torre de controle serem interrompidas.
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A tripulação perdeu contato com os controladores de tráfego aéreo por volta de uma hora após a decolagem. Ainda não se sabe se sabe se houve algum problema técnico ou se as comunicações foram interrompidas pelo piloto ou por alguma outra pessoa de dentro da aeronave.
Investigadores norte-americanos também suspeitam que o voo MH-370 pode ter permanecido no ar por mais quatro horas e que o tranponder da aeronave pode ter sido desligado para que ela não fosse detectada por radares. A possibilidade foi criada com base em dados enviados automaticamente pelas turbinas do Boeing, como parte de um programa de monitoramento de rotina, segundo informações do jornal americano The Wall Street Journal.
Equipes de combate ao terrorismo dos Estados Unidos estão agora investigando possibilidade de o avião ter sido sequestrado e levado a um local desconhecido com a intenção de usá-lo mais tarde para outra finalidade. Ainda não se sabe a direção que o Boeing tomou durante este suposto tempo extra de viagem, mas ele poderia ter chegado até a fronteira com o Paquistão, na região do mar da Arábia.
Satélites de observação da Terra pertencentes a 15 países, entre eles, Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Índia, Argentina e Brasil, aviões e navios estão ajudando na procura.
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As autoridades também estão verificando os relatos de familiares de passageiros que afirmam que seus celulares ainda estão tocando quando contatados, o que indicaria que não foram destruídos e estariam em área coberta por sinais de telefonia. A Malaysia Airlines testou alguns números de telefone, mas não obteve sucesso.
Para complicar ainda mais a situação, o copiloto da aeronave foi acusado de violar regras da empresa em 2011, quando deixou duas jovens australianas entrarem na cabine durante o voo, procedimento que foi proibido depois dos ataques terroristas do 11 de Setembro.
Uma das poucas questões que foram respondidas esta semana foi: Quem são os passageiros que entraram na aeronave com passaportes roubados?
Foi divulgado que estavam a bordo do avião uma tripulação de 12 malaios, 153 passageiros chineses, 38 malaios, 7 indonésios, 6 australianos, 5 indianos, 4 franceses, 3 americanos, 2 neozelandeses, 2 ucranianos, 2 canadenses, 2 iranianos (que viajavam com passaportes falsos), 1 russo, 1 holandês e 1 taiwanês.
Os dois passageiros iranianos poderiam pertencer a um grupo de ladrões de passaportes, disse o diretor-geral do Departamento de Aviação Civil da Malásia, Azharudin Abdul Rahman, na segunda-feira (10). Suspeitou-se de que eles poderiam estar envolvidos em rede de roubo de passaportes, mas só o que se sabe é que Delavar Seyed Mohammad Reza, de 29 anos, pretendia ir para a Suécia para pedir asilo e que Puri Nour Mohammadi, de 19 anos, planejava ir para a Alemanha.