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CPI da Cemig suspeita de grampo em telefone de deputados de MG

Comissão pediu acesso a contrato da companhia com empresa suspeita e convocou de diretores e ex-diretores para depoimentos

Minas Gerais|Pablo Nascimento e Célio Ribeiro*, do R7

Requerimentos foram aprovados durante reunião
Requerimentos foram aprovados durante reunião Requerimentos foram aprovados durante reunião

Deputados da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Cemig na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) suspeitam que o telefone de parlamentares teriam sido grampeados por uma empresa que tem contrato com a Companhia Energética de Minas Gerais.

A suspeita foi levantada pelo deputado Professor Cleiton (PSB), vice-presidente da comissão, durante reunião nesta segunda-feira (2). O parlamentar, que afirmou que o ato é “uma ameaça à nossa independência”, recebeu a solidariedade dos colegas Zé Guilherme (PP) e Sávio Souza Cruz (PMDB), relator da CPI da Cemig.

O relator, inclusive, sugeriu que a CPI solicite à Mesa da Assembleia para que a Polícia Legislativa investigue a existência ou não de grampos nos gabinetes e telefones celulares dos parlamentares que fazem parte da comissão. A Kroll Associates é uma das 17 empresas que terão seus contratos com a Cemig analisados pelos deputados.

Na reunião, os membros da comissão também aprovaram requerimentos intimando sete diretores e quatro ex-executivos da Companhia Energética de Minas Gerais para prestarem depoimento à CPI da Cemig. Outros dois requerimentos solicitaram informações de investigações sobre a Cemig em andamento na Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção), Polícia Civil e Ministério Público de Minas Gerais.

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A abertura da CPI foi aprovada com a assinatura de 32 parlamentares, um dia após a Record TV Minas revelar que o Ministério Público de Minas Gerais tem ao menos três investigações em andamento relacionadas a possíveis irregularidades em contratos da empresa.

Procurada, a Cemig afirmou que está disponível para apresentar todas as informações necessárias aos deputados e reforçou o compromisso com as "melhores práticas de governança".

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Já a Kroll afirmou, por meio de nota, que atua há quase 50 anos com investigação forense e que "não tolera qualquer tipo de atividade ilícita". 

Leia a íntegra da nota da Cemig:

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"A Cemig esclarece que realizou a contratação da empresa de investigação forense Kroll, dos escritórios Sampaio Ferraz e Terra Tavares Ferrari Elias Rosa, no Brasil, e Paul Hastings, em Nova Iorque, para, dentro dos estritos limites de sua atuação corporativa, proceder a investigação independente de denúncias recebidas do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

A Cemig tem ações listadas nas bolsas de valores de São Paulo (B3), Nova Iorque (New York Stock Exchange - NYSE) e Madri (Latibex) e está sujeita às normas anticorrupção dos Estados Unidos da América (Foreign Corruption Practices Act), razão pela qual denúncias como as recebidas do MPMG, por sua amplitude e possíveis desdobramentos, devem atender também aos padrões de investigação exigidos pelas autoridades norte-americanas.

A Cemig informa ainda que adota regras rígidas de compliance e as melhores práticas de governança e transparência em suas ações."

Leia a nota da Kroll, na íntegra:

“A Kroll atua com investigação forense há quase 50 anos, sendo pioneira e líder mundial em serviços de governança, risco e transparência em mais de trinta países.

A empresa integra o time de investigação independente contratado pela Cemig para apurar denúncias recebidas pelo Ministério Público de Minas Gerais.

A Kroll atua estritamente dentro da lei e não tolera qualquer tipo de atividade ilícita, assim como não admite afirmações levianas e incorretas sobre sua atuação.”

*​Estagiário do R7 sob a supervisão de Pablo Nascimento.

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