A delegada Mellina Clemente, que investiga o rompimento de uma barragem que matou dois operários e deixou outro desaparecido em Itabirito, na região central de Minas Gerais, ouviu nesta quarta-feira (17) um sobrevivente do acidente. Entretanto, ela não divulgou o teor do depoimento do homem, que trabalhava na barragem no momento do deslizamento.
Além dele, outros quatro operários sobreviveram à tragédia e também serão ouvidos. Eles faziam uma manutenção na barragem desativada da Mineradora Herculano na manhã do dia 10, quando houve o acidente na área de mineração.
Até o momento, as causas do rompimento ainda não foram esclarecidas, mas estão sendo investigadas pela Polícia Civil, Ministério Público e técnicos do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). Uma equipe de peritos do Instituto de Criminalística já esteve no local na última segunda-feira (15), mas o laudo só deve ser concluído em um mês.
Enquanto os órgãos investigam o que provocou o deslizamento, a mineradora Herculano teve suas atividades suspensas pela Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável). Além disso, a empresa teve de apresentar ao DNPM um plano para contenção de outras três barragens também sob risco de rompimento em Itabirito.
Buscas
Desde o dia 10 de setembro, militares do Corpo de Bombeiros realizam buscas pelo corpo do operador de máquinas Adilson Aparecido Batista, de 44 anos. Ele operava um trator no momento em que a barragem se rompeu e permanece desaparecido. Segundo os militares, as buscas estão sendo realizadas com a ajuda de cães farejadores, mas há muita lama no local, o que dificulta o trabalho.