A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que o motorista do ônibus envolvido no acidente que deixou cinco mortos no domingo (11) na linha Amarela estava embriagado enquanto dirigia. O delegado responsável pelo caso vai pedir exames para saber se ele dirigia alcoolizado. Segundo o advogado do motorista, Eduardo da Silva, Domingos Camelo não bebe.
— A única coisa que ele se lembra de é que passou uma moto com um barulho muito forte e depois ele apagou e não lembra mais de nada. Ele não faz uso de bebida alcoólica.
Em depoimento, o motorista também negou ter cochilado enquanto dirigia. Testemunhas dizem, contudo, que o condutor Domingos Basileu Camelo pegou no sono no volante. Ele ainda negou que estivesse em alta velocidade.
Para uma das vítimas, se o motorista tivesse perdido o controle, a batida seria diferente.
— Qualquer carro quando perde o controle faz zigue zague na pista, mas ele fez uma batida certeira, o que dá a entender que ele apagou.
Por enquanto, o caso foi registrado como cinco homicídios culposos (sem intenção) e 35 lesões corporais culposas. Testemunhas que tiveram alta compareceram à delegacia do Tanque (41ª DP) para prestar depoimento na segunda. Nesta terça (15), são esperadas novas testemunhas.
Além de conduzir o veículo, ele fazia a função de cobrador. Basileu Camelo, que trabalhava na viação Redentor havia seis meses, era caminhoneiro. No dia do acidente, o motorista não havia dobrado a carga horária e vinha de uma folga. Ele começou a trabalhar às 4h20 de domingo e fazia a última viagem do coletivo antes de devolvê-lo.
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