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RJ começa o ano com corte de até 9% na Saúde e na Educação; Alerj aprova empréstimo de R$ 1 bi

Governo ajustou orçamento aprovado em R$ 18 bi, que podem ser arrecadados no ano

Rio de Janeiro|Do R7

Pezão conseguiu aprovação do primeiro empréstimo de 2016 para driblar crise
Pezão conseguiu aprovação do primeiro empréstimo de 2016 para driblar crise Pezão conseguiu aprovação do primeiro empréstimo de 2016 para driblar crise

O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira (4) reajuste no orçamento de 2016. Mesmo tendo sido aprovado no fim de 2015 o valor de R$ 79,9 bilhões para custear as pastas estaduais, o governo só tem R$ 61,5 bilhões em caixa. Por isso, sai nesta sexta (5) no Diário Oficial decreto que determina ajuste de R$ 18,4 bilhões, que significa menos 23% do que o esperado. 

No orçamento da Secretaria de Estado de Saúde, o corte será de 7,6%. Na Secretaria de Estado de Educação, o corte será de 9,3%.

Também sofreram com o corte inicial a Assistência Social (30,91%), Segurança (32,1%) e Administração Penitenciárias (22%). Segundo a Seplag (Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão), as três últimas pastas, por terem o ajuste mais alto, receberão prioritariamente recursos extraordinários.

A Seplag informou ainda que o governo pretende chegar ao longo do ano, com arrecadação e empréstimos, ao valor necessário para atingir os R$ 79,9 bilhões iniciais. 

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O governador Luiz Fernando Pezão enviou à Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) um pacote de medidas para driblar a crise financeira no Estado e economizar R$ 13,5 bilhões. Entre elas, está o aumento da contribuição do Estado e de servidores para o Rioprevidência, além da contribuição dos demais poderes. No caso do servidor, a contribuição sobe dos atuais 11% para 14% e, para o Estado, de 22% para 28%.

Nesta quinta, a Alerj aprovou projeto que autoriza empréstimo de R$ 1 bilhão com o Banco do Brasil. O dinheiro equivale à estimativa de queda da arrecadação de royalties do petróleo, após a baixa do preço do óleo no mercado internacional. Em 2015, o preço do barril caiu de cerca de US$ 100 para US$ 40. O empréstimo aprovado nesta quinta deverá ser pago em até 15 anos e tem juros de 19,45% ao ano.

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Crise no Estado

O MUSPE (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais) do Rio de Janeiro protestou em frente à Alerj nesta quarta contra o atraso no pagamento dos servidores. Na última terça (26), o governador Luiz Fernando Pezão afirmou que todos os servidores vão receber seus salários referentes a janeiro no dia 11 de fevereiro.

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O protesto também ressaltou as medidas vistas como supérfluas pelo Governo. Apesar da crise financeira, o governo do Estado tem a previsão de gastar R$ 53 milhões com publicidade e propaganda. O Governo do Estado publicou um edital de R$ 2,4 milhões para reformas no Palácio Laranjeiras — residência oficial do governador. Segundo o edital da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro), a empresa escolhida terá que executar “obras de reforma geral do corpo de guarda, pérgola, piscina e instalação de nova entrada de energia no Palácio Laranjeiras”.

Em 2015, a crise financeira paralisou emergências hospitalares e atingiu outros setores da administração do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Na educação, que acumula R$ 285 milhões em dívidas, houve ameaça dos professores não iniciar o ano letivo se salários e 13º não estivessem em dia. Neste mês, os hospitais Rocha Faria e Albert Schweitzer, ambos da rede estadual do Rio de Janeiro, passaram para o controle da Prefeitura do Rio de Janeiro.

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