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Governo do RJ deve receber R$ 3,5 bi do Tesouro Nacional para cobrir perdas na arrecadação de royalties

Em 2015, o preço do barril de petróleo caiu de cerca de US$ 100 para US$ 40

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Pezão informou que não vai mais subsidiar passagens de ônibus
Pezão informou que não vai mais subsidiar passagens de ônibus Pezão informou que não vai mais subsidiar passagens de ônibus

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, informou nesta quarta-feira (3) que o Estado pode receber R$ 3,5 bilhões de ajuda do governo federal para cobrir perdas. O dinheiro equivale à estimativa de queda da arrecadação de royalties do petróleo, após a baixa do preço da óleo no mercado internacional. Em 2015, o preço do barril caiu de cerca de US$ 100 para US$ 40.

Em conversa com empresários na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Pezão explicou que a primeira parcela, de R$ 1 bilhão, sairá assim que Assembleia Legislativa do estado aprovar o uso dos recursos e será usada para cobrir déficit do fundo de previdência dos servidores, o Rioprevidência, que está em R$ 12 bilhões.

A expectativa é que os deputados estaduais aprovem o projeto ainda nesta semana e que a presidenta Dilma Rousseff facilite a transação.

— Isso já foi aprovado no Congresso Nacional, trabalhamos junto com a presidenta Dilma [Rousseff] e o ministro da Fazenda [Nelson Barbosa] para que o Estado tenha esse benefício..

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Resolução do Senado Federal já autoriza estados e municípios que perderam receitas de royalties a recompor o orçamento com dinheiro do Tesouro Nacional. Para liberar o dinheiro, todas as vezes, o governo deve apresentar projeto à assembleia.

— Terei que fazer um trabalho permanente para conseguir autorização para os R$ 2,5 bilhões.

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Na conversa com empresários, o governador também procurou esclarecer o pacote de medidas para redução de gastos e aumento de impostos. Na terça (2), ele apresentou à Alerj a Proposta de Lei de Responsabilidade Fiscal. Criticado pela oposição, o texto prevê medidas para economizar R$ 13,5 bilhões, incluindo aumento da contribuição do estado e de servidores para o Rioprevidência, além da contribuição dos demais poderes.

— Não queremos onerar tanto o setor produtivo, mas eles [deputados] entenderam também que o Estado precisa, neste momento, dos aumentos. Tem setores que comprovaram que o aumento foi injusto e a gente vai reduzir, por decreto, vai ter um desdobramento da reunião.

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O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, cobrou do governador, em troca dos impostos, mais incentivos para a indústria do petróleo, setor que representa 30% do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no estado do Rio, sendo o mais importante. A ideia é destravar licitações de reservas entre que já foram descobertas, mas ainda não tiveram a exploração concedida a nenhuma empresa.

— Existem áreas já descobertas e já apuradas em seu volume de petróleo, que dependem apenas do Executivo Federal mandar fazer licitações neste ano. Isso quer dizer participações importantes para os cofres do Rio e quer dizer atividade econômica.

A medida ajudaria ainda a destravar operações da Petrobras, principalmente, para exploração de petróleo e gás em águas profundas. Os investimentos da estatal no setor diminuíram com a queda do preço do óleo, prejudicando toda a economia fluminense. Como as reservas são da União, a lei obriga a Petrobras a participar das novas explorações e consórcios.

Segundo a Firjan, mais de 60% dos investimentos previstos para este ano no Rio de Janeiro são nas áreas de petróleo e gás. Em segundo lugar, está a indústria de transformação, que também depende de atividades do setor de petróleo para funcionar e gerar empregos.

Pezão aproveitou para esclarecer que o Estado não vai mais subsidiar passagens de ônibus e que os próximos aumentos, calculados com base na inflação, serão repassados nas passagens.

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