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Após acordo, paralisação de ônibus em São Paulo deve ser das 10h às 12h de hoje

Decisão foi tomada em reunião entre sindicato e Secretaria de Segurança Pública 

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

"O poder público tem a obrigação e o dever de dar uma resposta à sociedade e aos trabalhadores", cobra Silva
"O poder público tem a obrigação e o dever de dar uma resposta à sociedade e aos trabalhadores", cobra Silva "O poder público tem a obrigação e o dever de dar uma resposta à sociedade e aos trabalhadores", cobra Silva

Representantes do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano) vão encurtar o tempo da paralisação de ônibus prevista para esta quarta-feira (5) na capital paulista. O ato, que estava previsto para começar às 10h e terminar às 14h, irá durar duas horas. A decisão foi tomada após reunião entre integrantes da categoria e a cúpula da segurança do Estado, nesta terça-feira (4). O encontro, iniciado pouco antes das 19h, terminou cerca de três horas depois.

Francisco da Silva Filho, que faz parte da direção do Sindmotoristas, afirmou que, inicialmente, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) pediu aos trabalhadores que não suspendessem as atividades.

— Na verdade, a secretaria pediu [para que não houvesse paralisação]. Nós relutamos. Primeiro, porque a categoria está organizada, está mobilizada desde a semana passada. 

Ele destacou que o protesto não tem o objetivo de prejudicar a população e viu como "demonstração de grandeza" a iniciativa do presidente do sindicato, Valdevan Noventa, em diminiuir a duração do protesto.

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— Chegamos a um consenso. Há um esquema para resolver parte dessa situação que existe na cidade de São Paulo, que é este terror: queima e apedrejamento de ônibus. Há uma compreensão da Secretaria [de segurança] em relação a isso. E nós concordamos ontem, em uma reunião ampla, em modificarmos parte do nosso esquema de paralisação, reduzindo de quatro para duas horas de protesto.

Entre os resultados da reunião, está a criação de uma comissão permanente, envolvendo trabalhadores da categoria, dirigentes sindicais e representantes da SSP, segundo Silva.

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— Queimou um ônibus na cidade, estamos reunidos, seja o horário que for, seja o dia que for, para discutir a questão. Acho que isso é importante. Acho que o governo do Estado e a Secretaria de Segurança Pública têm um esquema muito bom de inteligência, de segurança. Com os trabalhadores trazendo ideias e ajudando, creio que o resultado será satisfatório. 

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O diretor enfatizou que os sentimentos que predominam entre os profissionais do setor são o de revolta e medo.

— O poder público tem a obrigação e o dever de dar uma resposta à sociedade e aos trabalhadores e as trabalhadoras para que a paz volte a reinar no sistema de transporte, para que os profissionais possam trabalhar com tranquilidade e a população possa também fazer uso do transporte coletivo de forma decente e sem o temor de acontecer o pior [...] O sentimento da categoria é de revolta e de medo. O motorista sai para trabalhar e não sabe se volta para casa. Ele sai assustado. Ele é um profissional do volante, transporta vidas. O que nós queremos é que não ocorram outros casos como o do último dia 18, na Viação Santa Brígida. Lamentavelmente, nosso companheiro João Carlos veio a falecer.

A promessa é parar toda a frota nesse período. O sindicato também quer que todos os 32 terminais da cidade fiquem fechados durante a manifestação.

Os trabalhadores querem que o protesto sirva para conscientizar a população da violência. Só neste ano, 119 coletivos foram incendiados, segundo o sindicato patronal. O número é 124% maior do que durante o ano passado inteiro.

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