O motorista John Carlos Soares Brandão, de 42 anos, que teve o corpo queimado durante um ataque a ônibus na zona norte de São Paulo, morreu na noite de quarta-feira (22). Ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Mateus, desde o último sábado (18), com cerca de 73% do corpo queimado. A vítima foi agredida e sofreu queimaduras, após um grupo incendiar o onibus coletivo que fazia a linha 8047/41 (Jaraguá/Metrô Vila Madalena), por volta das 18h30 de sábado, na altura do número 112, da Estrada Turística do Jaraguá, no Parque São Domingos, zona norte da capital. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, cerca de 20 criminosos cercaram o veículo e, sob grave ameaça, mandaram que os passageiros descessem. Ao mesmo tempo, o bando jogou gasolina dentro do coletivo. Um dos criminosos jogou gasolina no corpo do motorista e ateou fogo. A vítima teve dificuldades de retirar o cinto de segurança e sofreu várias queimaduras. Leia mais notícias de São Paulo O caso foi registrado no 46º Distrito Policial, de Perus. Nenhum suspeito foi detido até agora. De acordo com a Polícia Militar, o ataque ao ônibus aconteceu depois que moradores da região souberam da morte de um jovem de 21 anos. Ele foi baleado após tentar roubar um policial militar aposentado, por volta das 9h da última quinta-feira (16), na rua João Batista Botelo, também no Parque São Domingos. A morte foi confirmada no dia do ataque. O jovem estava internado no Hospital das Clínicas. A notícia da morte de John Carlos Soares Brandão entristeceu os amigos que trabalhavam com ele na Viação Santa Brígida. O motorista trabalhava havia 12 anos no local. Representantes do sindicato dos motoristas estão orientando os funcionários de todas as garagens da cidade de São Paulo a realizar um protesto em memória da vítima. No horário do enterro do motorista, todos os terminais da capital devem parar suas atividades por uma hora. De acordo com a SPTrans, São Paulo Transporte, 114 ônibus coletivos foram incendiados e outros 757 depredados, por motivos de ataques, desde o início do ano, na cidade de São Paulo. Relembre o caso:
