Em ato contra Alckmin e Cabral, PM e manifestantes entram em confronto na Assembleia Legislativa
Guarnição usou bombas de gás lacrimogêneo para impedir invasão. Apenas um foi detido
São Paulo|Fernando Mellis, do R7
Policiais militares e manifestantes que protestavam contra os governadores Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, se enfrentaram diante do portão da Assembleia Legislativa, pouco depois das 22h desta sexta-feira (2). Parte do grupo de cerca de 100 pessoas tentou invadir o edifício. Policiais que estavam do lado de dentro do prédio utilizaram spray de pimenta para tentar conter a tentativa de invasão. Do lado de fora, a PM usou bombas de gás lacrimogêneo com objetivo dispersar o protesto.
De acordo com a PM, um manifestante foi detido após tentar agredir um policial. O rapaz se feriu no rosto e, levado a um pronto-socorro da região, seria encaminhado a uma delegacia. Um tenente também se feriu no ombro, sem gravidade.
A Polícia Militar informou ainda que tentou estabelecer contato com a presidência da Assembleia Legislativa, uma vez que parte dos manifestantes tentava entrar no local. Com o expediente já encerrado, o contato não foi possível. Para evitar invasão, policiais fizeram um cordão de isolamento em frente ao portão de entrada do local.
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A manifestação, que tinha como “alvos” os governadores de São Paulo e Rio, começou por volta das 19h, quando o grupo se concentrou no vão livre do Masp, na avenida Paulista. A caminhada, que começou na avenida e entrou por ruas do bairro da Bela Vista, também na região central da cidade, antes de seguir para a Assembleia Legislativa, chegou a reunir aproximadamente 400 manifestantes, de acordo com a PM.
Ao chegar à frente da casa onde se reúnem os deputados estaduais, no entanto, o grupo era de aproximadamente 100 pessoas.
A ação foi organizada pelo mesmo grupo que organizou outros dois protestos realizados na última semana de julho. O primeiro aconteceu na sexta-feira (26), na avenida Paulista, e foi marcado por depredações, principalmente, a bancos. Ao menos oito agências foram vandalizadas. O segundo foi no Largo da batata, em Pinheiros, zona oeste, na terça-feira (30), e também houve depredações. Vinte pessoas foram detidas.