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Após protesto e depredações na Paulista, dois permanecem presos e seis foram liberados

Oito bancos, três cabines da polícia e uma concessionária foram alvos de vandalismo

São Paulo|Do R7, com Agência Record

Após o protesto na noite desta sexta-feira (26), várias agências bancárias amanheceram destruídas neste sábado (27)
Após o protesto na noite desta sexta-feira (26), várias agências bancárias amanheceram destruídas neste sábado (27)

Das oito pessoas detidas durante o protesto na avenida Paulista, região central de São Paulo, seis já foram liberadas e duas permaneciam presas na manhã deste sábado (27). Segundo a Polícia Militar, seis pessoas foram soltas porque foi comprovado que não faziam parte da manifestação. Já as duas pessoas que continuam presas foram levadas para a Polícia Federal porque estavam dentro de uma agência bancária com oito cartões clonados.

A manifestação começou por volta das 18h desta sexta-feira (26), na avenida Paulista, contra o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Cerca de 300 manifestantes se reuniram no vão do Masp (Museu de Artes de São Paulo) e cerca de uma hora depois ocuparam os dois sentidos na avenida Paulista. Eles caminharam no sentido Paraíso. Os atos de vandalismo começaram em seguida. Algumas pessoas mascaradas picharam a estação Trianon-Masp do Metrô, depredaram uma agência do Banco Itaú e colocaram fogo em alguns sacos de lixo.

Na sequência, os vândalos iniciaram uma onda de ataques a agências bancárias. Pelo menos oito bancos foram depredados na região da avenida Paulista. Um deles na altura do número 1800 da avenida Brigadeiro Luís Antonio e outro na altura do número 250, da avenida Bernardino de Campos. Três guaritas da PM também foram destruídas. O carro de reportagem da TV Record também foi depredado no tumulto. Apesar do susto nenhum profissional ficou ferido.

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Policiais Militares foram acionados para conter a manifestação e usaram bombas de gás para dispersar os vândalos. Não houve registro de feridos. Cerca de 140 policiais participaram da ação. Ainda não há um balanço oficial dos prejuízos causados em consequência do protesto, porque nenhum representante das agências bancárias depredadas compareceu aos distritos policiais da região para o registro da ocorrência.

Grupo infiltrado


Um grupo infiltrado no protesto que interditou as avenidas Paulista e 23 de Maio foi o responsável pelo vandalismo ocorrido nas duas vias na noite desta sexta-feira (26). A observação foi feita pelo coronel Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento militar na região central da capital.

— Entre os manifestantes havia um grupo de baderneiros, que passaram a produzir uma série de danos.


Várias agências bancárias e cabines da Polícia Militar foram atacadas na Paulista por manifestantes vestidos com roupas pretas. Durante os ataques, criminosos se aproveitaram para fazer saques com cartões clonados. Já na avenida 23 de Maio, uma concessionária da Chevrolet foi alvo de ataque e uma van da TV Record foi depredada. O grupo também incendiou barricadas de lixo nas duas vias.

Bombas de efeito moral foram usadas pela Força Tática da Polícia Militar para dispersar os manifestantes na avenida 23 de Maio. De lá, o grupo seguiu para a avenida Brigadeiro Luís Antonio, onde mais um posto da PM foi depredado. Em seguida, os manifestantes retornaram à avenida Paulista.

Pessoas que saíam do trabalho estavam assustadas e buscavam informações sobre o funcionamento do Metrô e das linhas de ônibus. A estação Brigadeiro, da linha 2-Verde do Metrô, chegou a fechar durante a manifestação, mas já estava reaberta por volta das 21h20. Estações do Metrô foram pichadas, mas não chegaram a ser quebradas pelos manifestantes. Por volta das 22h, a situação já estava tranquila na região.

De acordo com o coronel, a PM demorou a agir contra os vândalos para “não colocar a vida de outras pessoas em risco”.

— Visando preservar a integridade física de outras pessoas que não estavam presentes (na manifestação) com esse intento, nós tivemos que encontrar o momento mais adequado para agir. Aprendemos (a agir) a cada manifestação que acontece, mas é importante frisar que nós providenciamos a medida possível para fazer uma intervenção e dissipar esse grupo de baderneiros.

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