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Espero que população não fique refém de psicopata à solta, diz pai de Liana

Justiça decide hoje se Champinha, que matou a jovem e o namorado há dez anos, será libertado

São Paulo|Do R7, com Agência Record

O casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé (esquerda) foi morto por Champinha (direita) e comparsas
O casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé (esquerda) foi morto por Champinha (direita) e comparsas O casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé (esquerda) foi morto por Champinha (direita) e comparsas

O pai de Liana Friedenbach, o vereador Ari Friendenbach (PPS), está preocupado com a possibilidade do assassino da filha e do namorado dela ser libertado. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) vai decidir nesta terça-feira (10), a partir das 14h, se Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, de 26 anos, poderá deixar a UES (Unidade Experimental de Saúde), na zona norte de São Paulo, na qual está internado desde 2006. Há dez anos, ele comandou o sequestro e o assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé, na época com 16 anos e 19 anos, respectivamente.

Para Friendenbach, se Champinha for solto, será uma irresponsabilidade.

— Espero que a população não fique refém de um psicopata à solta. Se isso acontecer é uma irresponsabilidade do governo do Estado e os membros do tribunal.

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O crime

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As mortes aconteceram em novembro de 2003, quando o casal de namorados Liana Friedenbach, 16 anos, e Felipe Caffé, 19, acampava na zona rural de Embu-Guaçu, a 36 km do centro de São Paulo. Na época, Champinha tinha 16 anos. Ele e os comparsas mantiveram as vítimas em um cativeiro. Felipe morreu com um tiro na nuca. Liana foi violentada diversas vezes antes de ser esfaqueada até a morte pelo então adolescente.

O julgamento do caso aconteceu em 2006. Antonio Caetano da Silva foi condenado a 124 anos de prisão, Aguinaldo Pires, a 47 anos, Antônio Matias, a 6 anos, e Paulo César da Silva Marques foi condenado a 110 anos. Por ser menor de idade na época dos assassinatos, Champinha não foi condenado como os comparsas. A ele, foi aplicada a penalidade máxima prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990), que determina, em caso de atos infracionais graves, a internação de no máximo três anos em unidade específica para menores de 18 anos.

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Após o período de internação, o Ministério Público de São Paulo apresentou uma ação de interdição civil, que foi acolhida pela Justiça. Um laudo psiquiátrico apontou que Champinha tinha problemas mentais. Por causa disso, ele não foi libertado.

O jovem está internado em uma UES (Unidade Experimental de Saúde), na zona norte de São Paulo, criada em 2006 pelo governo estadual para abrigar jovens com diagnóstico de transtorno de personalidade que, quando adolescentes, praticaram atos infracionais graves e passaram pela Fundação Casa.

Avaliação psicológica

Em abril deste ano, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo protocolou uma ação civil pública, com pedido de liminar, solicitando a extinção da unidade de saúde. A procuradoria argumentou, entre outras coisas, que não há acompanhamento médico e assistencial adequado e que os internos ficam na UES por tempo indeterminado.

Em novembro, Roberto Aparecido Alves Cardoso passou por uma nova avaliação psiquiátrica. O exame foi requisitado pela promotora de Justiça do caso, Maria Gabriela Prado Manssur, diante dos reiterados pedidos de liberdade feitos nos últimos anos pela defesa, que chegou a apresentar um laudo, não oficial, atestando sanidade mental do jovem. Os peritos do Imesc (Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo) terão até 30 dias para concluir o laudo dessa nova avaliação.

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