Policiais militares da Rota (Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar) mataram, na tarde do último domingo (11), duas pessoas no Jardim Toca, região do Grajaú, zona sul de São Paulo.
Segundo informações da polícia, as vítimas eram suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas na região e resistiram à abordagem dos policiais. Um dos mortos foi identificado e tem 42 anos.
Na versão oficial, os policiais foram ao local depois de terem recebido uma denúncia anônima sobre um esconderijo de drogas. Na residência apontada, os PMs teriam visto um homem armado e tentaram o abordar.
Ainda de acordo com os policiais, o homem tentou se esconder na casa e atirou contra os policiais que foram atrás. Os PMs teriam revidado baleando dois homens que estavam no local.
Um morreu ainda na residência e o outro chegou a ser levado ao Hospital Municipal Maria Antonieta, mas não resistiu e também morreu. Nenhum policial foi atingido.
No local das mortes, os policiais teriam encontrado 69 volumes de maconha, crack, cocaína, uma balança de precisão, duas submetralhadoras e um carro que guardava parte da droga.
A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) afirmou que todos objetos supostamente encontrados na residência foram apreendidos e entregue para a perícia junto com as pistolas dos policiais da Rota que participaram da ação.
De acordo com a pasta, o caso foi encaminhado para o DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, e foi registrado como drogas sem autorização ou em desacordo e morte decorrente de oposição à intervenção policial e resistência.
Mortos pela polícia
O número de pessoas mortas por policiais militares em supostas resistências recuou em janeiro deste ano comparado ao primeiro mês de 2017.
De acordo com dados divulgados no Diário Oficial do Estado no final de fevereiro, 69 pessoas foram mortas por PMs em supostos confrontos durante o mês de janeiro deste ano.
No primeiro mês do ano passado, 67 pessoas foram mortas em casos registrados como “resistência”.
O ano de 2017 fechou com 876 pessoas mortas por policiais militares em supostos confrontos. O número bateu o recorde histórico, iniciado em 2003.
Na ocasião, o secretário da Segurança Pública atribuiu o recorde de vítimas ao possível aumento de confrontos entre criminosos e policiais.