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Bolsonaro repete filho Flávio e dispara contra Renan: 'Vagabundo'

Em Maceió (AL), presidente chamou ainda o relator da CPI da Covid de traidor: 'Se quer fazer show querendo me derrubar, não fará'

Brasil|Do R7

Presidente fez entrega simbólica de 500 imóveis
Presidente fez entrega simbólica de 500 imóveis Presidente fez entrega simbólica de 500 imóveis

Durante evento em Maceió (AL) para entrega de unidades habitacionais a famílias de baixa renda, nesta quinta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro disparou contra o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB), que é do estado nordestino.

O chefe do executivo repetiu o xingamento do filho, senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que classificou o opositor ao governo de "vagabundo". O presidente acrescentou ainda outras ofensas, como "picareta" e "traidor".

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"Todos temos uma missão nessa Terra. Agradeço a Deus pela minha segunda vida. E também a ele, que pelas mãos de muito de vocês, me colocou à frente do Executivo. Não vai ser fácil, sabemos, porque tem sempre alguém picareta, vagabundo, querendo atrapalhar o trabalho daqueles que produzem. Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem no nosso país. É um crime o que vem acontecendo com essa CPI", afirmou Bolsonaro, que foi aplaudido pela plateia presente no evento.

"Um recado que eu tenho para esse indivíduo [Renan Calheiros]. Se quer fazer um show querendo me derrubar, não fará. Somente Deus me tira daquela cadeira", desafiou o presidente.

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A sessão da CPI da Covid nesta quarta-feira (12) teve discussão entre os senadores Flávio Bolsonaro e o relator Renan Calheiros. Em discurso, o filho do presidente reagiu ao pedido de prisão de Calheiros contra ex-secretário Especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, que era ouvido na comissão, e ofendeu o senador alagoano.

"Há claramente senadores que querem usar a CPI de palanque. Imagina a situação, um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como o senador Renan Calheiros", afirmou, ao elogiar a posição do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), de negar o pedido de prisão de Wanjgarten.

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"Vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete", respondeu Renan Calheiros. Com a discussão, a sessão foi suspensa pelo presidente da CPI, Omar Aziz, sendo retomada posteriormente.

O evento desta quinta-feira no Nordeste contou com a presença de diversas autoridades do país ligadas ao Alagoas, como o presidente da Câmara Arthur Lira (PP) e o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PROS). O governador do estado, Renan Filho (MDB), não esteve presente. Ele é filho de Calheiros.

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Na sequência, Bolsonaro participou da entrega do complexo viário em Maceió. A ligação urbana é a maior obra de mobilidade de Alagoas, conforme o governo federal. Foram investidos R$ 77 milhões em recursos.

Mais tarde, o presidente completa o conjunto de eventos no estado com a inauguração do Canal do Sertão Alagoano, no município São João da Tapera (AL).

Orçamento secreto

Durante seu discurso, Arthur Lira defendeu o governo federal e a Câmara negando que tenha havido um orçamento secreto com emendas parlamentares direcionadas a congressistas que apoiam o governo.

"E quando somos atacados por repórteres que não querem enxergar a realidade de que o dinheiro não é do Executivo, Judiciário e Legislativo o dinheiro é do povo, do orçamento público, e lá estamos brigando numa selva de 513 deputados para cada um puxar um pouquinho para o seu estado.

"O nosso papel é fazer lei justas e melhorar a vida da população com emendas nem secretas nem paralelas. A Câmara não se curvará à chantagem de que o presidente troca votos por emendas", complementou.

Conforme reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o governo teria montado esquema para conquistar apoio por meio de um orçamento paralelo de R$ 3 bilhões. Embora o Orçamento seja votado pelo Congresso, a operação para alavancar a base de apoio no Legislativo com distribuição de emendas teria sido foi sigilosa.

A apoiadores, nesta quarta-feira (12), Bolsonaro rechaçou a denúncia. "Inventaram que eu tenho um orçamento secreto agora. Tenho um reservatório de leite condensado, três milhões de latas. Eles não têm o que falar. Como um orçamento foi aprovado, discutido por meses e agora apareceu R$ 3 bilhões? Só os canalhas do Estado de S. Paulo para escrever isso aí", afirmou o presidente em frente ao Palácio da Alvorada.

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