Cliente da Shell nega relação com vazamento de óleo no Nordeste
Fabricante encaminhou nomes de dois clientes que compraram os tambores encontrados no meio do piche que polui as praias nacionais
Brasil|Do R7
A Super-Eco Tankers Management, empresa que comprou tambores da Shell encontrados em praias do Nordeste, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que atua com o transporte de óleo em águas brasileiras, mas negou que tenha ocorrido acidente com seu navio-tanque.
Avanço do óleo acende luz amarela no Sudeste, que inicia prevenção
No dia 17 de outubro, a fabricante Shell encaminhou os nomes de dois clientes que compraram os tambores encontrados no meio do piche que polui as praias nacionais.
O primeiro é a empresa Hamburg Trading House FZE, uma distribuidora com base nos Emirados Árabes, que adquiriu 20 tambores atrelados ao lote encontrado na costa brasileira. O segundo cliente é a empresa Super-Eco Tankers Management, que tem base em Monróvia, na Libéria, e sede na Grécia.
A Super-Eco Tankers, segundo a Shell, comprou cinco tambores relacionados ao lote do tonel encontrado no Brasil. A reportagem enviou uma série de perguntas à matriz da Super-Eco Tankers. Em resposta, a empresa afirma que seu "navio-tanque Elektra, sob a gestão da Super-Eco Tankers Management Inc. opera em águas brasileiras transportando apenas óleo refinado para exportação".
Segundo a empresa, "a embarcação não está envolvida no transporte de petróleo bruto e, portanto, não está conectada ao petróleo encontrado nas praias brasileiras". A companhia afirma ainda que "o navio nunca esteve envolvido em nenhum incidente relacionado à poluição por óleo".
A Marinha e a Polícia Federal acionaram a empresa para que preste informações. A Shell já declarou que os tambores não foram produzidos ou comercializados pela Shell Brasil e se trata de embalagem usada para guardar produto diferente do petróleo que polui o litoral.