Corregedor abre investigação contra procuradores da Lava Jato
Orlando Rochadel deu prazo de 10 dias para Deltan Dallagnol se manifestar a respeito da troca de mensagens vazadas
Brasil|Do R7
O corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, abriu nesta segunda-feira (10), uma reclamação disciplinar para apurar a troca de mensagens envolvendo membros CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), Entre os envolvidos na ação aparece o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.
A decisão de abrir a investigação, tomada com base nos fatos apresentados no domingo (9), pelo site The Intercept, que revelou mensagens supostamente trocadas entre o ex-juiz federal Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, e procuradores. Na avaliação de Rochadel, o caso indica "eventual desvio na conduta" de membros do MPF.
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"A imagem social do Ministério Público deve ser resguardada e a sociedade deve ter a plena convicção de que os membros do Ministério Público se pautam pela plena legalidade, mantendo a imparcialidade e relações impessoais com os demais Poderes constituídos", destaca Rochadel.
O corregedor nacional determinou a notificação dos membros do Ministério Público Federal integrantes da Força Tarefa Lava Jato, na pessoa de Dallagnol, para manifestação no prazo máximo de 10 dias.
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Além disso, Rochadel determinou a expedição de ofício à Corregedoria-Geral do MPF para que informe, em 10 dias, os antecedentes disciplinares dos membros integrantes da Força Tarefa Lava Jato em Curitiba Após o prazo, os autos serão analisados pelo corregedor nacional do Ministério Público.
A apuração do caso foi solicitada pelos conselheiros do CNMP Luiz Fernando Bandeira, Gustavo Rocha, Erick Venâncio e Leonardo Accioly. "Caso forem verídicas as mensagens e correta a imputação do contexto sugerida na reportagem, independentemente da duvidosa forma como teriam sido obtidas, faz-se imperiosa a atuação do Conselho Nacional do Ministério Público", observaram os conselheiros no pedido.
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