Deputado quer que inquérito sobre fake news inclua Joice Hasselmann
Carlos Jordy, do PSL, pediu que a colega de partido seja investigada pelo STF e a Procuradoria-Geral da República após vazamento de áudio
Brasil|Do R7
O deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) pediu ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República a inclusão da colega Joice Hasselmann (SP), do mesmo partido, no inquérito que apura a produção e divulgação de fake news.
Jordy, que é vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, explicou nesta segunda-feira (4) em seu perfil no Twitter que o pedido foi feito no último dia 30.
O parlamentar pede que seja investigada a conduta de Hasselmann após o vazamento, na semana passada, de áudio em que ela cita uma "turma" para criar perfis falsos no Twitter e no Instagram. Na gravação, a deputada diz: “Acabei de chegar em São Paulo, cheguei há pouco para algumas entrevistas, mas podia falar com a turma aí para fazer vários perfis e entrar de sola no Twitter, especialmente, Instagram, porque eles estão botando todas as milícias lá e os robôs em cima de mim”.
No Twitter, o deputado disse que quer saber a "finalidade, quem está por trás dos perfis e como são pagos. Já há um inquérito em andamento. Que ela seja incluída nele", escreveu.
No pedido, Jordy argumenta que a colega "age de forma deliberada, livre e consciente na criação de perfis a fim de atingir um determinado objetivo. Portanto, é de se notar que cuida de um forte indício de possível criação de plataformas eletrônicas de disparo em massa".
O deputado ainda pede que o procurador-geral da República, Augusto Aras, notifique o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, e promova as "diligências que entender cabíveis para apuração dos fatos narrados, a fim de que possa oferecer posterior denúncia".
Após o vazamento do áudio, no dia 28 de abril, a deputada confirmou ao R7 a autenticidade da gravação, mas enfatizou que não pediu a criação de perfis falsos, fake news ou robôs. Ela explicou que estava solicitando a criação de contas "para ajudar" a defendê-la "dos ataques da milícia digital que habita o governo".