Brasil Mais da metade das rodovias brasileiras apresentam problemas

Mais da metade das rodovias brasileiras apresentam problemas

Dados foram divulgados na 22ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias. Trecho de Natividade (TO) a Barreiras (BA) é considerado péssimo e o pior do país

  • Brasil | Giuliana Saringer, do R7

Trecho de Natividade (TO) e Barreiras (GO) é o pior do país

Trecho de Natividade (TO) e Barreiras (GO) é o pior do país

Pedro Ladeira/Folhapress - 29.11.2016

As estradas brasileiras continuam apresentando problemas em 2018. É o que indica a 22ª edição da Pesquisa CNT (Confederação Nacional do Transporte) de Rodovias, divulgada na manhã desta quarta-feira (17).

O levantamento mostra que 57% dos trechos de estradas foram classificados como regulares, ruins ou péssimos. Embora o resultado ainda seja insatisfatório, é melhor do que o registrado em 2017, quando o número era de 61,8%

A pesquisa da CNT avalia características das rodovias como pavimento, sinalização e geometria das vias, bem como pontos críticos e impacto na qualidade do transporte de cargas. Segundo os dados, 35,2% das rodovias são regulares, 31,4% boas, 15,3% ruins, 6,5% péssimas e 11,6% ótimas. 

Segundo o levantamento, o trecho de Natividade (TO) a Barreiras (BA) é considerado péssimo e fica em último lugar (109º) no ranking das melhores rodovias brasileiras. Já o trecho de São Paulo (SP) a Limeira (SP) [SP-310/ BR-364 e SP-348] é considerado o melhor do país e considerado ótimo.

Em 2018, foram pesquisados 107.161 km de extensão no país. O levantamento avalia toda a "malha federal pavimentada e os principais trechos de rodovias estaduais também pavimentados".

Veja o ranking com os piores trechos de rodovias brasileiras:

1. Natividade (TO) - Barreiras (BA): BA-460, BA-460/BR-242, TO-040 e TO-280

2. Jataí (GO) - Piranhas (GO): BR 158

3. Marabá (PA) - Dom Eliseu (PA): BR-222

4. BR-101 (BA) - Teófilo Otoni (MG): BR-418

5. Brasília (DF) - Palmas (TO): BR-010, DF-345/ BR-010, GO-118, GO-118/BR-010, TO-010, TO-050, TO-050/BR-010 e TO-342

6. Belém (PA) - Guaraí (TO): BR-222, PA-150, PA-151, PA-252, PA-287, PA-447, PA-475, PA-483 e TO-336

7. Porto Velho (RO) - Rio Branco (AC): BR-364

8. Rio Verde (GO) - Iporá (GO): GO-174

9. Maceió (AL) - Paulo Afonso (BA): BR-104, BR-110, BR-423, BR-424, PE-177 e PE-360

10. Campo Mourão (PR) - Guarapuava (PR): BR-487, PR-460, PR-466/BR-466, PR-487/BR-487

Problemas nas rodovias

O Estado do Amazonas é o que possui a malha ferroviária com mais problemas. Segundo a pesquisa, 99,1% delas são consideradas regulares, ruins ou péssimas. Em seguida aparece o Acre (96,2%) e Amapá (84,3%). São Paulo é o Estado com melhores condições, com apenas 22% das rodovias com problemas. Outros Estados que apresentam bom desempenho são Alagoas (27% com problemas) e Rio de Janeiro (39,2%). 

O levantamento também mostra que houve aumento dos pontos críticos nas estradas. O número de casos era de 363 e passou para 454. Esses pontos são classificados como queda de barreiras, pontes caídas, erosões nas pistas e trechos com grandes buracos. 

Houve melhora nas rodovias em relação à sinalização: neste ano, a característica foi considerada ótima ou boa em 55,3% dos trechos, enquanto o dado era de 40,8% em 2017. Segundo a CNT, os avanços aconteceram por causa dos programas dedicados à adequação da sinalização, sobretudo em rodovias federais.

Dados foram divulgados nesta quarta-feira (17)

Dados foram divulgados nesta quarta-feira (17)

Arte/ R7 - 17.10.2018

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