Moro diz que foi surpreendido por 'vilania e baixeza' de hackers
Ministro criticou ataques a seu celular e afirma que não esperava que criminosos invadissem telefones de procuradores da república
Brasil|Giuliana Saringer, do R7
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou, nesta quarta-feira (19), que ficou surpeendido com o "nível de vilania e de baixeza" dos responsáveis pelo ataque durante audiência da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado.
“Essas reações eram esperadas, já aconteceram no passado. Confesso que dessa vez, fiquei surpreendido pelo nível de vilania e de baixeza dessas pessoas responsáveis pelos ataques. Pela ousadia criminosa de invadir ou tentar invadir telefones de procuradores da república, inclusive o telefone do ministro da Justiça, e utilizar isso não para fins de interesse público, mas para minar os esforços anticorrupção”, disse.
Moro presta esclarecimentos sobre mensagens vazadas. Assista
O ministro diz que sempre "agiu conforme a lei" como juiz no âmbito da operação Lava Jato.
"O que eu posso assegurar, embora eu não tenha mais as mensagens, é que na condução dos trabalhos como juiz no âmbito da operação Lava Jato, eu sempre agi conforme a lei", afirmou.
"Embora não reconheça que as mensagens sejam autênticas, o fato é que várias pessoas lendo essas mensagens não identificaram ali ilícitos, ilegalidades, ou desvios éticos", afirma. Moro diz que a dinâmica de trabalhos na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Lava Jato, e que eventualmente podem ter acontecido trocas de mensagens.
Moro afirma que deletou o Telegram do celular após ter ouvido falar sobre invasão do aplicativo nos Estados Unidos. Por não ter mais o aplicativo, Moro diz que não tem "essas mensagens pra poder afirmar se são autênticas ou não. O que eu vejo ali, tem coisas que eu posso ter dito, tem coisas que me causam estranheza".
Moro afirma que a divulgação das mensagens feita pelo site The Intercept Brasil "está repleta de sensacionalismos". O ministro reclama que não foi procurado pelo veículo antes da publicação da reportagem "violando uma regra basica do jornalismo".
Para o ministro, o site não teve a "dignidade" de entregar as mensagens as autoridades para avaliação da autenticidade.
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