PF deflagra nova etapa da Operação Zelotes
Ação de hoje é resultado da análise do material apreendido na primeira etapa, no início do ano
Brasil|Do R7
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8) uma nova etapa da Operação Zelotes. Estão sendo cumpridos pelos policiais sete mandados de busca e apreensão, sendo cinco deles em Brasília e dois no Rio de Janeiro. As medidas judiciais foram concedidas pela 10ª Vara Criminal Federal do DF.
As ações desta quinta-feira, segundo a polícia, são fruto da primeira análise do material apreendido na deflagração da Zelotes, em 26 de março de 2015. Nos documentos apreendidos naquela ocasião, foram identificados indícios que apontam para a participação de outro conselheiro do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), além de escritórios de advocacia ligados a ele.
"Durante os quase sete meses de investigação em andamento da Superintendência da Polícia Federal no DF, visando apurar a prática dos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, ocorrida em decorrência de negociações escusas realizadas em processo administrativos de interesse Carf, ficou comprovado que Conselheiros e funcionários do desse órgão defendiam interesses privados, em detrimento da União, e ainda, valendo-se de informações privilegiados, realizavam captação de clientes através de "escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia", que ofereciam "serviços e facilidades" em julgamentos dentro do Carf", afirma a PF em nota.
A Operação Zelotes foi deflagrada no dia 26 de março deste ano. Naquele dia, 180 policiais federais cumpriram 41 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Ceará e no Distrito Federal.
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Os crimes investigados são: advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
As fraudes apuradas pela PF junto ao Carf/Receita Federal e já somam prejuízos de, pelo menos, R$ 5,7 bilhões aos cofres públicos.