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Com alta do leite e queda da gasolina, DF registra deflação 

Índice é o menor da série histórica do IBGE; apesar da taxa, classes mais pobres são mais penalizadas pelo aumento da inflação

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília


Mulher fazendo compras no supermercado; inflação subiu para alimentos e caiu para transportes em julho no DF
Mulher fazendo compras no supermercado; inflação subiu para alimentos e caiu para transportes em julho no DF

Com a redução no preço dos combustíveis, o Distrito Federal registrou deflação em junho. O índice é o menor da série histórica desde 1980: -0,98%. O dado foi divulgado nesta terça-feira (9) pelo IBGE por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No mês anterior, o indicador de inflação ficou em 0,81%.

Segundo os economistas do órgão, a inflação acumulada em 7 meses foi de 4,25%. Nos últimos 12 meses, o aumento nos preços foi de 9,49%. O economista Renan Sujii ressalta que, apesar do recuo da gasolina, o valor dos alimentos subiu. "Apesar da deflação ser um alívio para o bolso, tem efeito mais fraco nas faixas mais baixas de renda que têm mais sensibilidade nos produtos de alimentação que ainda está sendo penalizada".

Transporte

O setor de transportes foi o que mais contribuiu para a queda da inflação no DF. O recuou registrado foi de 6,45%. A gasolina ficou mais barata 19,89% em comparação com o mês anterior; o valor do etanol caiu 13,45%. No entanto, o diesel foi na contramão dessa tendência e registrou alta de 5,07%, assim como as passagens aéreas, que ficaram 10,97% mais caras. 

"Isso acontece porque houve a queda de impostos, o ICMS e do valor dos combustíveis relacionado ao preço do petróleo e cotação do câmbio e diminuiu a pressão que vinha ocorrendo nos últimos meses", explica Sujii. 

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Em julho, o DF foi uma das unidades da federação que aderiram ao teto da alíquota do ICMS, imposto que incide sobre a gasolina. Após a sanção da Lei Complementar 194/22 houve a redução do tributo sobre os combustíveis, que passaram a ser classificados como bens essenciais.

O tributo passou de 28% para 18% e influenciou no valor cobrado nas bombas, que passou dos R$ 7,63 para R$ 6,01, em média.

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Alimentação

O setor de alimentação e bebidas foi o que acumulou a alta mais significativa: 1,99%. A aceleração mais acentuada foi da alimentação em casa, cuja inflação subiu de 0,80% em junho para 2,39% em julho.

O leite longa vida teve elevação de 27,30%, o que também influenciou no valor dos derivados, como queijo (6,98%) e manteiga (4,20%). As frutas também pesaram mais no bolso dos consumidores e acumularam inflação de 8,48%, puxada sobretudo pela melancia, mamão, banana-d’água e manga.

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Os gastos com despesas pessoais também aumentaram e apareceram no levantamento como a segunda maior elevação: 0,8%. Itens como cigarros e bicicletas foram os que mais contribuíram com a alta.

Projeção

O economista alerta que a deflação não deve se prolongar de maneira sustentada. "Está tendo uma transferência da inflação de 2022 para 2023, que vai diminuir, mas no ano que vem pode ter uma volta maior", prevê Renan Sujii. "A gente vai ter esse momento de alívio na inflação, talvez esse efeito não deve ser tão prolongado por causa dessa injeção de dinheiro".

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