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R7 Brasília

Perto de R$ 8 o litro, gasolina puxou inflação no DF

A capital federal teve a maior inflação registrada para outubro desde 2002, e o preço do combustível é um dos vilões

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Em alta, gasolina se tornou vilã da inflação no DF
Em alta, gasolina se tornou vilã da inflação no DF

Perto de chegar a R$ 8 o litro, a gasolina no Distrito Federal foi um dos itens que puxaram para cima o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) da capital, que teve a maior inflação para o mês de outubro desde 2002. Uma pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo) da última semana mostra que o preço do combustível no DF pode chegar a R$ 7,499 o litro, com um valor médio de R$ 7,123.

O levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que a capital teve inflação de 1,25% em outubro e 9,3% no acumulado de 12 meses, sendo o grupo de transporte o que mais contribuiu com a alta, com 0,74 ponto percentual, o equivalente a 59% do resultado do índice geral. A economista e pesquisadora da Codeplan (Companhia de Planejamento do DF) Jéssica Milker considera a contribuição elevada.

O preço do combustível na capital ficou em segundo lugar entre itens e subitens da cesta de transporte do IPCA a puxar a inflação para o alto. No primeiro caso, o dos itens, os combustíveis tiveram alta de 2,73%, perdendo apenas para o transporte público, que teve alta de 11,7%. Nos subitens, a gasolina, em específico, ficou em segundo lugar entre os vilões, com aumento de 2,67%, atrás da passagem aérea, elevada em 41,76%, mas que tem peso menor no bolso dos mais pobres.

Milker destacou a tentativa do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), de tentar frear o aumento nos custos congelando o ICMS Segundo a economista, a medida não foi capaz de conter totalmente o problema porque a questão também tem relação com a desvalorização do real frente ao dólar. "A cotação do barril é feita em dólar. O momento de valorização da commodity somado à desvalorização do real torna ainda mais intensa a variação do preço do combustível”, explicou.

“Também tivemos uma mudança no ICMS na gasolina, o que acelerou o aumento de preços, quando a intenção era fazer uma redução. O GDF congelou a base de cálculo do ICMS, mas isso fez com que os postos de gasolina aumentassem o preço na bomba para recompor as margens”, acrescentou a economista.

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