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Crimes em passagens subterrâneas aumentam 26% em Brasília

Nos seis primeiros meses deste ano, foram registradas 82 ocorrências criminais em passagens da Asa Sul e da Asa Norte

Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Passagem subterrânea no DF
Passagem subterrânea no DF

O número de ocorrências criminais registradas em passagens subterrâneas no Plano Piloto saltou de 65 para 82 em um ano, segundo dados da Polícia Civil do DF.

Nos primeiros seis meses de 2023, a capital notificou um aumento de 26% nos crimes em passagens da Asa Sul e da Asa Norte, em relação ao mesmo período de 2022. Segundo a pesquisa, em três anos, os crimes foram notificados com maior frequência nas sextas-feiras e nos domingos, com 55 e 70 casos, respectivamente.

Entre os crimes mais recorrentes estão o roubo a pedestres, com 32 casos; o furto de celulares, com 20 casos; e furtos diversos, com 13 casos. Apesar do aumento das ocorrências, crimes como furto de celulares, por exemplo, apresentaram queda de 64% neste ano.

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Casos como estelionato, ameaça, estupro e injúria também foram registrados nas passagens subterrâneas, mas em proporções menores quando comparados aos demais crimes. Ainda segundo a pesquisa, em 80% dos casos o crime acontece nas passagens da Asa Sul, onde foram registradas 67 ocorrências. 


Com a falta de segurança, muitos pedestres preferem se arriscar atravessando o Eixão. Como é o caso de Débora Cavalcante, moradora de Valparaíso. “Nas poucas vezes em que eu precisei passar por lá, preferi ir pelo Eixão. As pessoas preferem se arriscar, lá é horrível”, disse.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que a Polícia Militar “tem dado ênfase e prioridade ao uso de motocicletas durante o policiamento realizado em locais como passagens subterrâneas”. A polícia ressaltou que não existem muitos chamados para esses locais e que é feito policiamento específico para coibir e combater esse tipo de crime.


Projeto de lei

Um projeto de lei em tramitação na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) prevê a instalação de câmeras em passarelas e passagens subterrâneas, além do estabelecimento de monitoramento do local pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER). O texto é de autoria do deputado distrital Hermeto (MDB).

Perfil das pessoas que usam as passagens subterrâneas

Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) mostrou que as mulheres são a maioria dos pedestres a transitar pelas passagens subterrâneas. 

Entre as 25 mil pessoas ouvidas pelo instituto, 21% delas relataram ter presenciado alguns tipos de crime, entre eles furto, roubo, uso de drogas e importunação sexual. A pesquisa também foi realizada somente até as 19h, sem a análise do fluxo de pedestres no período noturno.

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