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Lula encerra reunião de Conselho Nacional de Política Indigenista, extinto em 2019

Presidente afirmou que grupo é uma ‘comissão da verdade’ e assinou a criação de duas terras indígenas

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Conselho é composto por 64 integrantes (Ana Isabel Mansur/R7 - 18.04.2024)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (18) do encerramento da 1ª reunião do Conselho Nacional de Política Indigenista. O grupo, extinto em 2019 e retomado pelo petista no ano passado, visa a elaborar e acompanhar políticas públicas voltadas aos povos indígenas. A cerimônia ocorreu no Palácio da Justiça, em Brasília. Durante o evento, o petista assinou a criação de duas terras indígenas, em Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT).

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Ao lado de Lula, participaram do evento os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça), Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Cida Gonçalves (Mulheres). Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 305 povos habitam o Brasil.

O grupo foi criado por Lula no primeiro mandato, ainda como comissão, e elevado ao status de conselho pela ex-presidente Dilma Rousseff. A instituição é composta por 64 membros — 30 indígenas de todos os estados do país, 30 representantes do governo federal, entre ministérios e autarquias, e quatro entidades indigenistas.

Em discurso, Lula declarou que o grupo é, na verdade, uma “comissão da verdade” para manter uma relação “verdadeira” entre o Estado e os povos indígenas e “reparar injustiças que vocês foram vítimas em 500 anos de história”. Segundo o presidente, seriam criadas seis terras indígenas, mas, por problemas de ocupação, o governo federal resolveu homologar apenas duas.

“Começo sendo verdadeiro. Sei que estão numa certa apreensão porque teriam a notícia de seis terras indígenas assinadas por mim, mas decidimos assinar só duas. Sei que isso frustrou alguns companheiros e eu fiz isso para não mentirar para vocês. Temos um problema, e é melhor tentar resolver antes. Algumas terras estão ocupadas por fazendeiros e outras por gente comum, tão pobre quanto nós. Umas têm 800 pessoas não indígenas ocupando, outras com mais gente. Alguns governadores pediram tempo para saber como tirar essas pessoas. Não posso chegar com a polícia e ser violento. Precisamos resolver da melhor maneira possível, a gente não quer briga nem para prejudicar indígenas, nem trabalhadores rurais. Mas se tiver gente que grilou essa terra e está ocupando ilegalmente, vamos encontrar forma negociada ou através da Justiça”, explicou Lula.

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