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Ministra da Saúde anuncia ampliação da vacina contra dengue a partir de 6 anos

Nísia Trindade ainda deixou em aberto a possibilidade de aumentar a faixa etária, como acima de 4 e abaixo de 60 anos

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Governo amplia público-alvo da vacinação contra a dengue (Paulo Pinto/Agência Brasil – 11.04.2024)

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou pelas redes sociais nesta quinta-feira (18) a ampliação da vacinação contra a dengue na rede pública diante da possibilidade de vencimento dos imunizantes em determinados municípios. Agora, crianças e jovens de 6 a 16 anos podem receber a primeira dose. Até então, a campanha era destinada a crianças de 10 a 14 anos.

“Estamos ampliando, de forma temporária, a faixa etária para as vacinas da dengue que vencem no dia 30 de abril nos municípios que estejam com risco de perdê-las. Em um primeiro momento, orientamos que elas sejam estendidas às crianças e jovens de 6 a 16 anos”, escreveu Nísia.

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Ministra deu informação pelas redes sociais (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados - 19.4.2023)

A ministra deixou em aberto a possibilidade de ampliação da vacina para outras faixas etárias. “Em último caso, elas podem ser ampliadas para todas as pessoas para as quais a Anvisa aprovou a vacina: na faixa etária entre 4 e menos de 60 anos. A segunda dose estará garantida para todos que se vacinarem”, acrescentou.

A medida foi tomada pelo governo diante do risco de vencimento de imunizantes. No Distrito Federal 8 mil doses da vacina estão com a data de validade próxima do vencimento. “Nosso principal objetivo até o dia 30 de abril é garantir a aplicação de 8 mil doses de vacina que estão próximas ao vencimento”, afirmou a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, ao R7.

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Mortes e casos

Governo amplia público-alvo da vacinação contra a dengue (Paulo Pinto/Agência Brasil – 11.04.2024)

Na última segunda-feira (15), o Brasil registrou 1.385 mortes confirmadas por dengue deste o começo do ano - terceiro fim de semana seguido com aumento no número de mortes. Outras quase 2 mil mortes estão em investigação. O país registrou 3.289.639 casos prováveis da doença em 2024. A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, disse que os casos da doença podem chegar a 4,2 milhões no “pior dos cenários”.

São Paulo é a unidade da federação com mais mortes em 2024, com 276 confirmações. Em seguida aparecem Distrito Federal (237), Minas Gerais (231), Paraná (153) e Goiás (110). As cinco UFs acumulam 72% do total de registros. Segundo o painel de dengue do Ministério da Saúde, o DF é a unidade com maior taxa de incidência de casos prováveis, com 7.795 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Goiás aparecem em seguida, somando 56% do número absoluto de casos.

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No início deste mês, a ministra Nísia anunciou que o Brasil tem 12 estados estáveis, 8 com tendência de queda e 7 com tendência de aumento no número de casos de dengue. “A dengue é uma doença que nunca se manifesta igual em todo o Brasil. Nós começamos com número de casos exponenciais em janeiro, sobretudo na região Centro-Oeste, e hoje temos oito estados com tendências claras de queda: Amazonas, Acre, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Roraima”, disse Nísia.

Segundo ela, há “12 estados com estabilidade no número de casos: não está crescendo, mas ainda não começou a queda acentuada. São eles: Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul e Tocantins. E são 7 estados com tendência de aumento: Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.”

2024 x 2023

O Brasil teve 3,3 milhões de registros em 107 dias de 2024, mais que o dobro de casos prováveis de dengue do que todo o ano passado. Em 2023, foram 1.649.144 casos prováveis. Este ano, 1.457 mortes foram confirmadas por dengue e outras 1.929 estão em investigação, segundo o painel de monitoramento da dengue, atualizado na manhã desta quarta-feira (17) pelo Ministério da Saúde.

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