Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

'Miracatu terá ministro do STF', diz Bolsonaro em cidade de Mendonça

Presidente indicou ex-advogado da AGU para vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo; nome aguarda sabatina no Senado

Brasília|Lucas Nanini, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro, que indicou André Mendonça para o STF
O presidente Jair Bolsonaro, que indicou André Mendonça para o STF O presidente Jair Bolsonaro, que indicou André Mendonça para o STF

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a defender a indicação do ex-advogado-Geral da União André Mendonça para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). Em evento nesta quarta-feira (13) para entrega de títulos de propriedades rurais em Miracatu, onde Mendonça tem raízes, Bolsonaro fez elogios ao indicado ao STF e reforçou o compromisso de ter um evangélico na Corte Suprema.

“Se Eldorado [onde morou Bolsonaro] deu um presidente, Miracatu terá um ministro do Supremo Tribunal Federal. À família de Miracatu, à família de André Mendonça, meus cumprimentos, pelo homem extremamente competente, capaz e inteligente, e, dentro do meu compromisso, um evangélico para o STF”, disse o chefe do Executivo.

Presidente Bolsonaro em evento em 2020 com André Mendonça
Presidente Bolsonaro em evento em 2020 com André Mendonça Presidente Bolsonaro em evento em 2020 com André Mendonça

André Mendonça é nascido em Santos, mas viveu em diversas cidades da região do Vale do Ribeira, onde fica Miracatu, e tem familiares que moram na cidade. Nesta quarta (13), faz três meses que o presidente indicou o nome do ex-advogado-Geral da União para o Supremo.

Mendonça deverá ser sabatinado pelo Senado Federal, mas para isso é preciso que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), autorize a realização. Esse tempo de espera não tem precedentes na Casa e foi justificada ao STF pelo presidente da CCJ como “obstrução legítima”.

Publicidade

Críticas a Alcolumbre

No último domingo, Bolsonaro criticou Alcolumbre em conversa com apoiadores, no Guarujá (SP). Bolsonaro pontuou que ajudou o senador nas eleições do Senado e que depois ele pediu o seu apoio para eleger o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Publicidade

"Eu ajudei. Teve tudo que foi possível durante os dois anos comigo e de repente ele não quer o André. Quem pode não querer é o plenário do Senado, não é ele. Tem três meses que 'tá' no forno o nome do André Mendonça. Quem não está permitindo a sabatina é o Davi Alcolumbre.”

A demora de Alcolumbre em marcar a sabatina incomoda alguns parlamentares, que dizem que o senador está abusando da posição de presidente da CCJ. Desde o governo do presidente Floriano Peixoto, em 1894, o plenário do Senado não rejeita um indicado do presidente da República ao Supremo.

Publicidade

“Ele pode votar contra. Agora, o que ele tá fazendo não se faz. A indicação é minha. Se ele quer indicar alguém pro Supremo, ele pode indicar dois. Ele se candidata a presidente [da República]. No primeiro semestre de 2023, ele indica”, afirmou Bolsonaro.

'Nome' de Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB-RS), afirmou nesta quarta-feira (13) ter sugerido o nome do desembargador Carlos Thompson Flores, do Rio Grande do Sul, para ocupar a vaga deixada pelo ministro Marco Aurélio Mello, mas o nome foi rejeitado pelo presidente Bolsonaro.

Hamilton Mourão conversa com o presidente Bolsonaro em evento em Brasília
Hamilton Mourão conversa com o presidente Bolsonaro em evento em Brasília Hamilton Mourão conversa com o presidente Bolsonaro em evento em Brasília

"Conversei com ele [Bolsonaro] um tempo atrás. O presidente também tem conhecimento do papel e da competência técnica profissional do desembargador. O presidente tem outras variáveis que levam consideração na sua indicação", disse o vice-presidente.

Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz é desembargador federal e ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Ele estava à frente da Corte em 2018, quando determinou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continuasse preso depois que o desembargador federal plantonista do tribunal, Rogério Favreto, decidiu que o ex-presidente da República deveria ser solto. Lula havia sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo.

Na mesma decisão, Thompson Flores determinou que os processos da Lava Jato no TRF-4 retornassem ao relator dos casos, o desembargador João Pedro Gebran Neto.

Na conversa com jornalistas, Mourão também criticou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pela demora na realização da sabatina de André Mendonça.

Combustíveis e pandemia

Durante o evento desta quarta, Bolsonaro disse que as altas nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha têm relação direta com os os valores do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) praticados pelos governadores.

”[A alta nos preços de] Gasolina e álcool, pode reclamar do presidente, mas veja quanto o seu governador está cobrando de ICMS. O imposto federal tem um valor nominal que está inalterado desde janeiro de 2019, quando começou o meu governo. Em São Paulo, o governador aumentou o ICMS do combustível em plena pandemia.”

Bolsonaro aproveitou para criticar as medidas de isolamento social durante a pandemia de Covid-19. “Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado que foi contra o ‘fique em casa’ e a vacinação obrigatória.”

Leia também

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.