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Mulher de Dom Phillips pede respostas definitivas de investigação

Alessandra Sampaio diz que confissão feita por pescador 'põe um fim à angústia' da família; ela cobra justiça

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília


O jornalista britânico Dom Phillips
O jornalista britânico Dom Phillips

A mulher do jornalista britânico Dom Phillips, Alessandra Sampaio, se manifestou sobre a confissão feita nesta quarta-feira (15) pelo pescador Amarildo da Costa de que matou o repórter e o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde 5 de junho na região da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas. Restos mortais foram encontrados em local indicado pelo suspeito. Segundo ela, "este desfecho trágico põe um fim à angústia de não saber o paradeiro de Dom e Bruno".

Alessandra escreveu um comunicado em que cobra "respostas definitivas" dos órgãos de investigação. "Hoje se inicia também nossa jornada em busca por justiça. Espero que as investigações esgotem todas as possibilidades e tragam respostas definitivas, com todos os desdobramentos pertinentes, o mais rapidamente possível."

A mulher de Dom ainda destacou que "só teremos paz quando as medidas necessárias forem tomadas para que tragédias como esta não se repitam jamais". "Presto minha absoluta solidariedade com a Beatriz e toda a família do Bruno. Agora podemos levá-los para casa e nos despedir com amor", afirmou.

Alessandra também agradeceu o empenho de todos que se envolveram diretamente nas buscas e de todos aqueles que se mobilizaram mundo afora para cobrar respostas rápidas.

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PF encontra restos mortais

Na noite desta quarta, a Polícia Federal informou ter encontrado restos mortais na área onde buscava Dom e Bruno. O material será submetido a perícia. Em coletiva à imprensa, o superintendente regional da PF no Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, disse que "há grandes chances" de que os restos mortais sejam do jornalista e do indigenista

"[O resultado] depende da perícia. A perícia que vai dizer a identificação. [Mas] a gente acredita que, pela confissão do criminoso, o local apontado, há grandes chances de que sejam eles [Bruno e Dom]. Mas é só a perícia que vai dar essa certeza. Só a perícia que vai dizer com 100% de certeza", declarou Fontes. Na coletiva, o superintendente afirmou que as buscas continuavam durante a noite.

O desaparecimento do repórter e do indigenista, que é servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), repercutiu no Brasil e no exterior. Ambos estavam realizando pesquisas e entrevistas na região para a produção de um livro e de reportagens sobre invasões das áreas indígenas. O Vale do Javari é uma localidade onde há atuação intensa de narcotraficantes, garimpeiros ilegais e madeireiros que tentam expulsar povos tradicionais da região.

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