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Mulher do indigenista desaparecido quer respostas concretas, diz deputada  

Beatriz Matos, esposa de Bruno Araújo, participou de audiência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara nesta terça-feira (14)

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília


Jornalista inglês Dom Phillips e indigenista Bruno Araújo
Jornalista inglês Dom Phillips e indigenista Bruno Araújo

Mulher do indigenista Bruno Pereira Araújo, Beatriz Matos pediu a deputados federais nesta terça-feira (14) que os órgãos oficiais envolvidos na busca dele forneçam respostas mais concretas sobre o caso. Desde 5 de junho, Bruno e o jornalista britânico Dom Phillips estão desaparecidos. Os dois foram vistos pela última vez na região da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas.

Beatriz conversou por chamada de vídeo com integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. A audiência foi reservada, mas a deputada Vivi Reis (PSOL-PA) disse à imprensa que a mulher de Bruno pediu empenho dos deputados em cobrar respostas e que o Estado assuma as responsabilidades no caso.

"A esposa do Bruno trouxe a sua indignação quanto ao descaso do que está acontecendo e deixou claro que o que os familiares e amigos querem são respostas concretas", comentou Reis. Segundo a deputada, Beatriz ficou incomodada com a informação dada na segunda-feira (13) pelo embaixador do Brasil no Reino Unido, Fred Arruda, de que os corpos de Bruno e Dom haviam sido encontrados na Amazônia.

"Não foi feita nenhuma informação de fato oficial. Isso preocupou muitos os familiares. A maior exigência hoje dos familiares, em especial da Beatriz Matos, é que se tenham informações verdadeiras, oficiais, efetivas, e que a Presidência da República, em conjunto com seus ministérios, possa tomar providências sobre isso", destacou Vivi Reis.

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Bruno e Dom estavam realizando pesquisas e entrevistas no Vale do Javari para a produção de um livro e de reportagens sobre invasões nas áreas indígenas. A região tem atuação intensa de narcotraficantes, garimpeiros ilegais e madeireiros — que tentam expulsar povos tradicionais da região.

Bruno é servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) e tem sido alvo de ameaças constantes por parte de garimpeiros e madeireiros na região. Segundo a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), ele foi intimidado dias antes da viagem.

As buscas por Dom e Bruno são coordenadas pela Polícia Federal com o auxílio de outras forças de segurança. Até o momento, duas pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no caso: Amarildo da Costa Oliveira, chamado de "Pelado", e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido por "dos Santos". 

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