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Pacheco nega 'radicalização ideológica' em atualização do Código Civil

Tema é discutido em comissão de juristas, que elabora um projeto; presidente reforçou que decisão é do parlamento

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Comissão de juristas trabalha em atualização do Código Civil
Comissão de juristas trabalha em atualização do Código Civil Comissão de juristas trabalha em atualização do Código Civil (Jefferson Rudy/Agência Senado/26-2-24)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (7) que a atualização do Código Civil, atualmente discutida em comissão de juristas, não trará "radicalização ideológica" e tem como objetivo corrigir "aproximadamente 40 anos de defasagem". A fala ocorreu após senadores da oposição criticarem os debates feitos pelos juristas, que trabalham na elaboração de um anteprojeto que servirá como base para o debate político no Congresso. 

"É um trabalho absolutamente independente", alegou Pacheco sobre a discussão da comissão. "Depois desse anteprojeto de lei ser entregue, aí, sim, começa o debate político. E a decisão final é do Parlamento. Parte pode ser aproveitada, outra parte pode não ser aproveitada", completou. 

No plenário, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) externou preocupação com o debate no colegiado que toca em temas como aborto, ideologia de gênero e conceito de família. Ele pediu aos membros da comissão "deixarem os posicionamentos ideológicos e militantes de lado e focarem em posicionamentos técnicos, que realmente proponham mudanças efetivas e benéficas à sociedade brasileira, respeitando a família como base da sociedade e direitos tão fundamentais como a vida desde a fecundação, a liberdade e a propriedade privada". 

Em resposta, Pacheco alegou que "não há nenhum tipo de perspectiva de uma radicalização ideológica numa discussão de lei civil". Disse, ainda, que o debate político vai ouvir a sociedade antes de elaborar o novo projeto de lei sobre o tema. O presidente avaliou, no entanto, haver lacunas no Código Civil e a necessidade de resolvê-las com o auxílio do trabalho dos juristas. 

"Há muitos temas ali que são objeto de apreciação, como o direito digital - ou seja, as relações jurídicas hoje precisam estar disciplinadas e haver uma lei em relação a essa questão do direito digital - e outros tantos temas, que, com o avançado tempo, é importante que a lei civil faça prever", destacou Pacheco. O anteprojeto da comissão de juristas deve ser apresentado em abril. 

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