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Sindicato da Polícia Civil cobra segurança de oficiais após agente penal vazar dados para criminosos

Presidente do sindicato, Enoque Venancio quer se reunir com secretário de Segurança Pública para estruturar mudanças

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília


Policial foi ameaçado em casa por criminosos
Policial foi ameaçado em casa por criminosos Reprodução/Sinpol - panda_fotografias

O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal) emitiu um alerta para a Secretaria de Segurança Pública sobre a vulnerabilidade dos sistemas utilizados pela PCDF. O comunicado foi feito após um agente penal vazar informações pessoais de um policial civil que investigava um grupo criminoso sobre graude de seguros de veículos. O vazamento foi feito para líderes da organização investigada que foram à casa do policial ameaçá-lo e que também articulavam a morte do oficial, segundo o sindicato.

O Presidente do Sinpol, Enoque Venancio, diz que o caso não é isolado. Ele afirma que policiais civis, principalmente os que atuam no combate ao crime organizado, recebem constantes ameaças de integrantes de facção. “Em 2023, mais de 120 prisões de criminosos ligados a facções criminosas forma realizadas por policiais civis do DF’, detalhou.

Enoque defende que o sistema da PCDF não seja utilizado por outros membros da força de segurança, pois a Polícia Civil é responsável por investigar e combater as facções criminosas e seus integrantes estão expostos a todo tipo de risco tanto para eles próprios quanto para suas famílias.

“A vulnerabilidade desses dados expõe os policiais civis a riscos diretos. Além das ameaças, os policiais civis lidam com a pressão emocional e psicológica decorrente do trabalho intenso, déficit no quadro e das situações de risco inerentes da função de investigador, como exposição a cenas de violência, a necessidade de tomar decisões rápidas em situações perigosas e a pressão por resultados”, destacou.

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O presidente do Sinpol pretende se encontrar nos próximos dias com o Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, para implementar medidas de prevenção e estudar estratégias que garantam a segurança dos policiais civis.

Agente penal afastado

O policial penal que vazou os dados é investigado e foi afastado por 90 dias de sua atuação, proibido de acessar o sistema da polícia. Ele é suspeito de beneficiar um dos líderes da organização criminosa, flexibilizando o cumprimento da prisão preventiva.

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Durante operação na última sexta (16), a polícia recolheu as armas de fogo do agente, a carteira funcional e o distintivo, cumprindo determinação judicial. O caso é conduzido pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), com apoio da Secretaria de Administração Penitenciária.

O policial penal estaria envolvido com uma organização criminosa alvo de uma operação realizada em setembro do ano passado, que destruía veículos para receber indenização de seguro. Ao longo da investigação, a PCDF identificou 12 acidentes forjados no DF, entre 2015 e 2022, e a destruição de 25 veículos.

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A organização criminosa também contava com um policial militar licenciado, um policial militar da ativa e uma advogada.

Maior déficit em 10 anos

No fim do ano passado, o R7 mostrou com exclusividade que a PCDF enfrenta o menor número de servidores em dez anos. O levantamento da reportagem feito por meio da Lei de Acesso à Informação mostrou que o quadro de efetivos vem se reduzindo ao longo dos anos, deixando a marca de 5.059 profissionais em 2014 para 3.780 em outubro deste ano. Segundo o Sinpol, o déficit é de 62%.

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