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TJ converte em preventiva prisão de homem por matar ex-sogra no SIG

Suspeito deu facadas na vítima após persegui-la; ele mandou imagens do local do crime à ex-namorada e fez ameaças a ela

Brasília|Lucas Nanini, do R7, em Brasília

Marcos Domingos Pereira, suspeito de matar a ex-sogra a facadas no SIG na última terça (1º)
Marcos Domingos Pereira, suspeito de matar a ex-sogra a facadas no SIG na última terça (1º) Marcos Domingos Pereira, suspeito de matar a ex-sogra a facadas no SIG na última terça (1º)

A Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão de Marcos Fernando Domingos Pereira, acusado de matar a ex-sogra com golpes de faca na última terça-feira (1º). O suspeito foi denunciado por feminicídio, dois casos de ameaça e falsidade ideológica.

O acusado foi preso horas depois do assassinato, em São Sebastião. A audiência ocorreu nesta quarta-feira (2) no NAC (Núcleo de Audiência de Custódia). Em sua decisão, a juíza escreveu que “há provas tanto da existência do crime quanto dos indícios suficientes de autoria”. Para a magistrada, a forma como os crimes ocorreram revelam “gravidade exacerbada”.

O auto da prisão em flagrante aponta que Pereira entrou no mesmo ônibus que a vítima e que a perseguiu após descer do veículo. Imagens de uma câmera de segurança das imediações de onde ocorreu o assassinato, no SIG (Setor de Indústrias Gráficas) mostra que o suspeito caminha lado a lado com a ex-sogra e em seguida vai na direção dela, começa a golpeá-la e a derruba no chão. O processo informa também que ele enviou uma mensagem com imagens do crime para a filha da vítima e que fez ameaças a ela.

“As circunstâncias em que praticados os crimes apontam, num primeiro juízo, para a especial periculosidade do agente e fornecem base empírica idônea à conclusão de que sua liberdade afetará a ordem pública e ainda colocará em risco a instrução processual penal, dadas as ameaças que teriam sido feitas à vítima e a outros familiares dela, depois da execução do feminicídio”, declarou a juíza em sua decisão.

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A sentença aponta que em 14 de janeiro último a Justiça concedeu uma medida protetiva em favor da ex-sogra do suspeito. Também havia uma medida protetiva em favor da ex-namorada de Pereira. Ele teve a prisão preventiva decretada em 24 de janeiro último, após pedido do Ministério Público.

No ato da prisão, na última terça, o suspeito chegou a fornecer nome falso. “O autuado possuía mandado de prisão encaminhado para cumprimento desde 25 de janeiro de 2022, vinha se escondendo do Sistema de Justiça Criminal desde então, e ainda tentou atrapalhar sua captura, fornecendo nome de terceira pessoa, tudo isso a indicar que, voluntariamente, ele não pretende se submeter à aplicação da lei penal”, disse a juíza.

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Prisão

Marcos Pereira foi preso no mesmo dia do crime, na casa de outra ex-companheira, em São Sebastião. Agentes da DEAM I (Delegacia Especial De Atendimento à Mulher I, na Asa Sul, tiveram dificuldade de encontrá-lo porque ele não tem emprego nem residência fixa.

"No primeiro momento, no local, ele não ofereceu resistência e negou os fatos. Contudo, no momento em que ele foi ouvido formalmente aqui, durante a lavratura do flagrante, ele assumiu a prática do crime. Ele informou que a motivação foi a mando da filha da vítima, o que a gente sabe que não tem qualquer pertinência com o caso", afirma a delegada Ana Carolina Litran.

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Policiais militares ao lado do corpo de mulher morta pelo ex-genro no SIG
Policiais militares ao lado do corpo de mulher morta pelo ex-genro no SIG Policiais militares ao lado do corpo de mulher morta pelo ex-genro no SIG

A ocorrência registrada na Polícia Civil aponta que o suspeito marcou um encontro com a ex-sogra na Rodoviária do Plano Piloto, com a desculpa de que devolveria os documentos da ex-namorada. Pereira entregou os documentos, mas entrou no mesmo ônibus que a vítima. Ela e a filha conversaram por celular. Segundo a delegada da DEAM, a ex-namorada alertou a mãe sobre o perigo, mas recebeu a resposta de que tudo estava sob controle.

Uma ocorrência contra o suspeito foi registrada em junho do ano passado, durante um período em que o relacionamento entre ele e a filha da vítima havia sido interrompido. Os dois chegaram a reatar o namoro, mas logo depois ela foi morar com a mãe. "Aí tem a razão das ameaças terem sido estendidas não só à prória ex-companheira, mas também à sogra, que foi vitimada hoje, além de outros familiares", disse a delagada no dia da prisão.

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