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Veja os principais destaques da CPI da Covid nesta semana

Bruna Morato, Luciano Hang e Otávio Fakhoury foram os depoentes na CPI nesta semana. Veja o que aconteceu

Brasília|Do R7, em Brasília

CPI da Covid teve momentos de tensão, além de tumultos e bate-bocas
CPI da Covid teve momentos de tensão, além de tumultos e bate-bocas CPI da Covid teve momentos de tensão, além de tumultos e bate-bocas

A CPI da Covid teve uma semana marcada por momentos de tensão entre senadores e depoentes. Foram ouvidos a advogada Bruna Morato, que representa médicos da rede Prevent Senior, e os empresários Luciano Hang e Otávio Oscar Fakhoury. Veja a seguir como foi cada depoimento.

Bruna Morato

A CPI da Pandemia ouviu, na terça (28), a advogada Bruna Morato, que representa médicos da rede Prevent Senior. Segundo Bruna, os médicos da operadora de saúde não tinham autonomia para prescrever medicamentos para pacientes com Covid-19. Era a diretoria da empresa que determinava kits padronizados com oito medicamentos para cada paciente. 

Bruna Morato disse ainda que era comum a empresa mudar a causa da morte de um paciente que teve Covid. Em outra parte do depoimento, a advogada afirmou que a Prevent Senior trabalhava com um grupo de médicos e que estes, por sua vez, agiam em coordenação com o Ministério da Economia. O objetivo da aliança seria "conceder esperança para que as pessoas saíssem às ruas". Para isso, deveria ser incentivado o uso da hidroxicloroquina.

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Bruna Morato depôs por quase oito horas para esclarecer as denúncias encaminhadas à CPI, as quais formaram um dossiê que, segundo a advogada, tem mais de 10 mil páginas de documentos. Depois do depoimento, ainda no mesmo dia, a comissão pediu à Polícia Federal proteção para Bruna Morato. A advogada afirmou que ela e seus clientes se sentem ameaçados.

Luciano Hang

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Durante uma sessão tumultuada e marcada por interrupções na CPI da Covid, o empresário Luciano Hang negou que financie a divulgação de fake news e que faça parte de um suposto gabinete paralelo para aconselhar o presidente Jair Bolsonaro sobre o combate à Covid-19.

O empresário foi ouvido na CPI na quarta-feira (29). No depoimento, Hang confirmou que a mãe foi diagnosticada com Covid em 28 de dezembro, que ela foi tratada em casa com remédios do chamado kit Covid e que depois foi levada para a Prevent Senior, onde faleceu.

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Segundo Hang, um suposto erro do plantonista explica por que no atestado de óbito não constava Covid como causa da morte. Em outro momento, o empresário confirmou ter contas no exterior e negou a acusação, feita pelos senadores, de que tenha financiado serviços que propagam notícias falsas. O depoimento também foi marcado por diversas interrupções dos senadores.

Luciano Hang afirmou que vai à Justiça contra senadores da CPI. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o dono da rede de lojas Havan avaliou que houve uma série de crimes cometidos contra ele durante a sessão da Comissão no Senado Federal.

Segundo Hang, um dos crimes foi a exposição do atestado de óbito e do prontuário médico da mãe dele, vítima do novo coronavírus. “Meus advogados já estão aqui e vão entrar no individual de cada senador. Embora eles sejam senadores, eles não podem cometer crimes. Não foi só um crime de documentos, foi um crime moral, é uma desumanidade o que fizeram com a minha mãe”, disse à rádio.

Otávio Oscar Fakhoury

Na quinta-feira (30), foi a vez do empresário Otávio Oscar Fakhoury. Ele também é investigado no inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar fake news.

O requerimento de convocação argumenta que o empresário financia "canais de disseminação de notícias falsas, como o Instituto Força Brasil, Terça Livre e Brasil Paralelo". Ainda de acordo com o texto do requerimento, "esses canais estimularam o uso de tratamento precoce sem eficácia comprovada, aglomeração e diversas outras fake news sobre a pandemia".

Otávio Fakhoury admitiu no depoimento ter investido em materiais favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro no período eleitoral de 2018, mas os valores não foram declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O empresário afirmou que o financiamento não consta no TSE por não fazer parte da campanha oficial do então candidato. "As pessoas, por livre e espontânea vontade, imprimiam os materiais, saíam às ruas, isso todo mundo viu." Ele disse que os valores investidos foram dirigidos a grupos de apoio ao presidente no Nordeste do país e que "nada têm a ver com a campanha". "Eles me pediram, se eu podia ajudá-los, e assim eu fiz. Cada um imprimiu seu material, nenhum deles é ligado à campanha."

Com posicionamentos alinhados ao do presidente Jair Bolsonaro, o empresário foi questionado sobre a relação entre os dois. "Eu não tenho relação pessoal com o Presidente da República. Eu sou um apoiador", respondeu. 

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