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Pacto Global da ONU alerta sobre a urgência do controle de CO2

O dióxido de carbono é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa na atmosfera

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

Foto: Divulgação/DINO

No ano de 2020, o Brasil emitiu 2,16 bilhões de toneladas de CO2 equivalente (tCO2eq), o que garantiu o posto de um dos principais emissores globais anuais. Apesar de pesquisadores afirmarem que o país tem potencial para alcançar a neutralidade de emissões, o cenário é complexo e desafiador.

De acordo com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), com 20% de toda a biodiversidade do mundo, o Brasil tem potencial de gerar US$ 17 bilhões a partir de negócios com base na natureza até 2030.

“Estes números que nos colocam como o grande player mundial da bioeconomia, em condições de ajudar as empresas a alcançarem suas metas ESG”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios.


No Brasil, o desmatamento e a agropecuária representam juntos 73% das emissões totais do país, e é urgente combater este tipo de ação degradante com investimento em iniciativas efetivas que envolvam governos e setores da economia como o agronegócio e a indústria.

Felipe Novaes, sócio e cofundador da The Bakery, empresa global de inovação corporativa, salienta que o estudo mais recente da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) por exemplo, aponta a existência de cerca de 180 cleantechs no país, negócios que buscam eliminar impactos ecológicos negativos em segmentos como ar e meio ambiente, energia limpa, transporte e agricultura.


Graças ao trabalho desenvolvido em comunidades dos biomas Amazônia, Cerrado e Caatinga, a Concepta Ingredients recebeu em 2022 um apoio financeiro do Dutch Fund for Climate and Development (DFCD - Fundo Holandês para o Clima e Desenvolvimento), considerado um instrumento importante do governo holandês por contribuir para o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), da ONU.

O Pacto Global da ONU no Brasil tem um novo Conselho de Administração, para atuar entre os anos de 2023 e 2026. São nove assentos que serão ocupados pelas organizações eleitas pela Assembleia Geral do Pacto Global. O novo conselho será formado por Ambev, Banco Santander, Braskem, Fundação Dom Cabral, Grupo Boticário, Itaú, Rede Mulher Empreendedora, RM Consulting e Unilever.


“Estamos em um momento muito importante do Pacto Global da ONU no Brasil, com 1900 participantes, um crescimento acelerado e com iniciativas consolidadas e com metas claras. Esses próximos três anos são fundamentais dentro da Agenda 2030, já com alguns marcos para 2025 e por isso estamos com uma expectativa muito alta para esses momentos. E contamos com o novo Conselho de Administração nessa jornada do Pacto Global e nas ações para os próximos anos”, afirmou Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.

A última edição do Relatório Luz, documento elaborado pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, informou que cinco das 13 metas do ODS 15, relacionadas à promoção do uso sustentável dos ecossistemas terrestres e ao impedimento da perda da biodiversidade, regrediram. “Já no ODS 13, relacionado a medidas de combate à mudança climática e seus impactos, todas as metas estão em retrocesso.

"As mudanças climáticas deixaram claro que o tema não pode mais ser adiado. Um dos maiores desafio é descobrir um modelo econômico a ser seguido. Este processo envolve metas conectadas a propósitos e ideais, articuladas com outros setores e entidades, muitas vezes ligadas a organismos internacionais e certificações de qualidade", finaliza Vininha F. Carvalho.

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