Presa, falsa biomédica se defende: "realizei o procedimento em mim e não tive problema"
Aplicações de hidrogel mataram uma mulher e deixaram sequelas em mais de 20 pessoas
Cidades|Do R7, com Fala Brasil

A falsa biomédica Raquel Policena Rosa, de 26 anos, detida em Goiás, se defendeu das acusações de que teria causado a morte de uma mulher — além de deixar sequelas em mais de 20 pessoas — por realizar aplicação de hidrogel. Presa na última quinta-feira (13) na cidade de Catalão, a 250 km de Goiânia, a jovem falou com a reportagem de dentro da cela que divide com outras quatro mulhres.
— Eu realizei o procedimento em mim e não tive nenhum tipo de problema, não tive nenhum tipo de reação, tudo tranquilo.
A prisão de Raquel foi pedida porque, segundo a polícia, mesmo investigada, ela pretendia continuar com as aplicações de hidrogel.
O advogado da jovem, Ricardo Naves, já havia revelado que a falsa biomédica realizou o precedimento nela mesma. Na época, o defensor argumentou que isso demonstra que ela não tinha a intenção de prejudicar a saúde de ninguém.
Raquel alugava uma sala em uma clínica de fisioterapia para fazer as aplicações. Uma das vítimas contou à polícia que o namorado de Raquel, identificado como Fábio, teria participado das aplicações.
Após morte de mulher, médicos alertam sobre preenchimento estético com hidrogel
Raquel é estudante de biomedicina e não tinha autorização para aplicar qualquer substância sem a presença de um médico. Mesmo com um profissional junto, a aplicação de silicone líquido, como o hidrogel, é proibida no Brasil.
Falsa biomédica de Goiânia aplicou hidrogel nela mesma, diz advogado
Suspeita de causar morte de paciente com aplicações de hidrogel pode ser indiciada por homicídio