A falsa biomédica Raquel Policena Rosa teria aplicado hidrogel nela mesma, segundo disse o advogado de defesa Ricardo Naves. Ele afirmou que o fato demonstra que a jovem de 27 anos não tinha a intenção de prejudicar a saúde de ninguém e não tinha consciência do que estava fazendo. Raquel aplicou hidrogel em Maria José Medrado de Souza Brandão, de 39 anos, que morreu no dia 25 de outubro. A polícia já identificou outras 12 vítimas, entre 17 e 55 anos, que passaram mal após o procedimento feito por ela.
A jovem alugava uma sala em uma clínica de fisioterapia para fazer as aplicações. A polícia aguarda o laudo da morte de Maria para saber a causa e deve indiciar Raquel por homicídio caso seja comprovado que a aplicação provocou o óbito. A dona da clínica será indiciada como coautora do crime por ter ciência do que se passava no local.
Uma das vítimas contou à polícia que o namorado de Raquel, identificado como Fábio, teria participado das aplicações. Ele negou e afirmou que apenas comprou com Raquel o produto em uma rua de uma cidade do interior de São Paulo.
Após morte de mulher, médicos alertam sobre preenchimento estético com hidrogel
Raquel é estudante de biomedicina e não tinha autorização para aplicar qualquer substância sem a presença de um médico. Mesmo com um profissional junto, a aplicação de silicone líquido, como o hidrogel, é proibida no Brasil.