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Crise hídrica: Petrobras quadruplica geração térmica

Estatal afirma que aumento da oferta foi possível em função de otimizações operacionais nas refinarias e importações

Economia|Do R7

A Petrobras ampliou a oferta de combustíveis para térmicas, o que permitiu aumentar, em nove meses (de setembro de 2020 a junho de 2021), a geração termelétrica de suas usinas e de clientes de cerca de 2.000 megawatts (MW) para quase 8.000 MW, informou a estatal nesta quarta-feira (19).

No mesmo período, o volume de gás disponibilizado pela Petrobras para termelétricas variou de 12 milhões para 35 milhões de metros cúbicos por dia, alta de 19%. "O incremento se deu por meio de uma série de medidas antecipatórias para maximizar a oferta de gás natural ao mercado", informou a companhia em nota.

Entre as medidas está a ampliação da capacidade do Terminal de Regaseificação da Baía de Guanabara, de 20 milhões para 30 milhões de m³/dia; o posicionamento dos dois navios regaseificadores nos TR-BA (Terminais da Bahia) e do Rio de Janeiro; e a importação de GNL (Gás Natural Liquefeito), chegando a mais de 14 navios por mês.

A estatal destacou ainda, a flexibilização pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) da especificação do gás processado na unidade de tratamento de Caraguatatuba, além da interligação das Rotas 1 e 2 de escoamento de gás do pré-sal.


"Além disso, a companhia continua negociando novo contrato interruptível com a Bolívia e providenciando alternativas para disponibilidade de um terceiro navio regaseificador", informou.

Em relação ao fornecimento de óleo combustível para uso por clientes termelétricos, a oferta aumentou de zero em setembro de 2020 para 183 mil toneladas em junho de 2021, e o volume de diesel para este fim variou de zero para 44 mil m3 por mês no mesmo período. "O aumento da oferta foi possível em função de otimizações operacionais nas refinarias e importações", disse a companhia.


Mexilhão e Rota 1

Sobre a parada programada da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, adiada para o próximo dia 29, a Petrobras reforçou que a mudança de data vai disponibilizar gás por mais 14 dias para as usinas Cubatão, Araucária, Linhares, Santa Cruz, William Arjona e Norte Fluminense, além de Termopernambuco, que não mais terá parada nesse período, informou a estatal.

Ainda segundo a Petrobras, a transferência do navio de Pecém para a Bahia vai permitir o atendimento de usinas térmicas do Sudeste e Sul (UTEs Arjona e Araucária, total de 650 MW), o que, somado à geração a diesel na UTE Termoceará (200 MW), "mais que compensa as indisponibilidades temporárias no Nordeste (cerca de 750 MW), provendo capacidade de cerca de 100 MW a mais durante o período do reposicionamento", explicou.

As usinas térmicas vem sendo cada vez mais acionadas devido à falta de chuvas, o que está levando vários reservatórios de hidrelétricas à beira do colapso. A crise afeta principalmente os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da geração hidrelétrica do País, que ontem registraram 24% de armazenamento.

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