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Economia nacional avança 2,9% em 2022, mostra prévia da FGV

Resultado mantém a trajetória de retomada do crescimento iniciada em 2017 e interrompida durante a pandemia

Economia|Do R7

PIB de 2022 foi impulsionado pelo setor de serviços
PIB de 2022 foi impulsionado pelo setor de serviços

A atividade econômica brasileira cresceu 2,9% em 2022, segundo dados apresentados nesta quarta-feira (15) pelo Monitor da FGV (Fundação Getulio Vargas), que funciona como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — a ser divulgado no próximo dia 2 de março.

O dado positivo ocorre mesmo com desaceleração da atividade ao longo do ano, que culminou em uma retração de 0,2% do PIB no último trimestre do ano. Em termos monetários, estima-se que a soma das riquezas nacionais, em valores correntes, alcançou R$ 9,8 trilhões.

De acordo com o estudo, o resultado mantém a trajetória de retomada do crescimento iniciada em 2017 e interrompida em 2020 devido à pandemia. O PIB de 2022 finalmente ultrapassou o valor de 2014, até então o maior desde 2001.

Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, explica que o crescimento de 2022 foi influenciado principalmente pelo setor de serviços, que contribuiu com mais de 80% para o bom desempenho da economia.


"O destaque foi a atividade de outros serviços, que engloba as atividades de alojamento, alimentação, saúde privada, educação privada, serviços prestados às famílias e às empresas", afirma a pesquisadora. 

Ela explica que a atividade foi uma das maiores perdas no período da pandemia e agora impulsionou o PIB de 2022 graças à normalização das atividades sociais e aos estímulos fiscais dados à economia.


"Apesar desse desempenho positivo, outra característica marcante de 2022 foi a desaceleração do crescimento ao longo do ano. Em consequência dos patamares elevados de juros e de endividamento das famílias o quarto trimestre do ano se encerrou com queda”, lamenta ela.

Na análise trimestral, o PIB apresentou, na série com ajuste sazonal, retração de 0,2% no quarto trimestre, em comparação ao terceiro trimestre. Já na comparação interanual, a atividade avançou 1,9% no quarto trimestre.

Consumo das famílias

No ano passado, o consumo das famílias cresceu 4%, também impulsionado pelo consumo de serviços como o principal setor responsável pelo avanço. Como destaque negativo nota-se que o consumo de duráveis se retraiu ao longo do ano. Por se tratar de bens de maior valor agregado (automóveis, eletrônicos, entre outros), os altos níveis dos juros inibem o consumo nesse segmento.

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