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Bangladesh liberta prisioneiro por seu trabalho como carrasco na execução de 26 pessoas

Mohammad Shahjahan, de 73 anos, foi condenado a 41 anos de prisão por assassinato e porte de armas

Internacional|Do R7

Mohammad Shahjahan, de 73 anos, foi libertado após trabalhar como carrasco e executar 26 pessoas
Mohammad Shahjahan, de 73 anos, foi libertado após trabalhar como carrasco e executar 26 pessoas

Um prisioneiro condenado por homicídio em Bangladesh foi libertado no domingo (19), dez anos antes de terminar de cumprir a pena, graças a concessões especiais obtidas por seu trabalho como carrasco. Ele executou 26 condenados à morte, entre líderes políticos e militantes islamitas.

Mohammad Shahjahan, de 73 anos, foi libertado da Prisão Central de Daca após cumprir 31 anos, seis meses e dois dias de prisão, segundo confirmou hoje à agência de notícias EFE o carcereiro adjunto da penitenciária, Tanjil Hossain.

A sentença foi reduzida em dez anos, cinco meses e 28 dias devido às concessões gerais e especiais, detalhou o carcereiro.

"Se um prisioneiro segue as regras da prisão, suas sentenças são reduzidas sob concessão geral. Também há concessões especiais para trabalhos especiais. O prisioneiro Shahjahan se comportou bem e executou 26 prisioneiros, então obteve concessões gerais e especiais", explicou Hossain.


Por cada execução, a pena do presidiário é reduzida em dois meses, embora esta concessão só seja feita uma vez por ano, independentemente de quantas pessoas ele execute, acrescentou.

Em Bangladesh, todos os carrascos são prisioneiros condenados.


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Shahjahan estava preso desde maio de 1991, cumprindo uma pena de 41 anos por assassinato e porte de armas.

Após a soltura, o ex-presidiário garantiu que não se arrependia do trabalho que lhe foi atribuído.


"Fui um pouco mais corajoso, por isso me deram o cargo de carrasco. Se não fosse eu, teria sido outro [...] Não foi minha decisão, a Justiça deu ordem", disse Shahjahan a repórteres após sua libertação.

Entre os executados por Shahjahan estavam seis dos condenados pela morte de Sheikh Mujibur Rahman, considerado o pai da nação, bem como líderes da formação islamita Bangladesh Jamaat-e-Islami e do opositor Partido Nacionalista de Bangladesh, condenados por crimes de guerra.

A pena de morte é comum em Bangladesh, embora se levem muitos anos para que todos os procedimentos legais sejam concluídos antes da execução de um condenado.

De acordo com o grupo local de direitos humanos Odhikar, entre janeiro de 2021 e março de 2022, 411 pessoas foram condenadas à morte por tribunais inferiores nesse período, enquanto sete foram executadas.

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