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Câmara de Lisboa é criticada por retirar sem-teto de avenida para evento que vai receber o papa

Operação ocorreu dias antes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com início nesta semana, e causou revolta na população

Internacional|Do R7


Funcionários da CML retiram barraca de um morador de rua
Funcionários da CML retiram barraca de um morador de rua

A Câmara de Lisboa (CML) está recebendo críticas por ter armado uma operação para retirar os moradores de rua e as barracas em que eles estavam abrigados da avenida Almirante Reis, no centro de Lisboa. A cidade será palco da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento desta semana que contará com a presença do papa Francisco, o líder da Igreja Católica. As informações são do portal de notícias português SAPO24.

No dia 12 de julho, internautas se revoltaram com um vídeo que mostrava funcionários da CML lavando a calçada da avenida, onde habitavam vários sem-teto, e retirando as barracas deles do local (assista ao vídeo abaixo). Usuários das redes sociais acusaram o município de fazer uma "limpeza" da população de rua.

Ao SAPO24, a vereadora Sofia Athayde, responsável pelo Plano Municipal para as Pessoas em Situação de Sem-Abrigo de Lisboa, afirmou que rejeita a acusação feita ao município e explicou que a operação estava integrada ao plano de ação municipal para combater o problema da falta de moradia.

Ela esclareceu que a equipe social do município realiza regularmente visitas aos sem-teto com o objetivo de higienizar a via pública e encaminhar pessoas nessa situação para os serviços sociais.

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"O que aconteceu hoje na avenida Almirante Reis acontece diariamente em outros locais vulneráveis da cidade e está relacionado com uma intervenção municipal de apoio à saúde pública que é feita e levada a cabo por um conjunto de várias ações concertadas entre os vários serviços municipais", disse Sofia.

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"Esses tipos de ações vão continuar a acontecer no futuro, e nada têm a ver com eventos relacionados com a Jornada Mundial da Juventude, sendo esta uma confusão que fizeram de forma errada", acrescentou.

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) está recebendo críticas também por conta dos altos custos que o evento vai acarretar aos cofres públicos e pela falta de transparência dos contratos. Dados consultados pela agência Lusa no Portal Base da Contratação Pública e divulgados pelo portal Expresso apontam que o governo federal de Portugal fechou 27 dos 30 contratos sem licitação. O mesmo aconteceu na capital, Lisboa, que teve 67 dos 73 contratos relacionados com a JMJ sem os devidos trâmites, e em Loures, onde apenas dois dos 32 contratos foram licitados.

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