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Cartel de El Chapo escondia cocaína em paredes de casa no Equador

Casa com 7,5 toneladas de cocaína escondidas nas paredes foi localizada em Quito; a droga pertencia ao colombiano Jorge Cifuentes e El Chapo

Internacional|Fábio Fleury, do R7


Pilhas de cocaína foram expostas no pátio de unidade da polícia equatoriana
Pilhas de cocaína foram expostas no pátio de unidade da polícia equatoriana

Nesta segunda-feira (17), o julgamento do traficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán foi retomado. No início do dia, o traficante colombiano Jorge Cifuentes voltou a ser interrogado pela defesa de Chapo e falou sobre diversos crimes que cometeu.

O destaque do dia, no entanto, ficou para o último depoimento. Uma funcionária do Ministério Público do Equador contou sobre uma das maiores apreensões da história do país: 7,5 toneladas de cocaína, que pertenciam ao cartel de Chapo e foram encontradas em uma casa na capital, Quito.

Segundo o depoimento, a quantidade de droga era tamanha que os policiais precisaram fazer três viagens para retirar toda a carga. Os pacotes estavam escondidos em paredes falsas no imóvel, que foi alugado por Jaime Alberto Roll, sobrinho de Cifuentes.

Mortes em série

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Em seu testemunho, Cifuentes deu uma mostra de como os assassinatos vão se encadeando nesse ramo de "negócios". Ele disse que, certa vez, tentou negociar que um carregamento de cocaína fosse transportado por meio do aeroporto de Quito.

O homem com quem ele negociava seria um funcionário corrupto. Pouco tempo depois, no entanto, o colombiano descobriu que o tal funcionário não tinha nada a ver com o aeroporto, e mandou que um de seus assassinos torturasse e matasse o rapaz, como vingança.

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O capanga, além de torturar e matar o falso funcionário, filmou tudo e mandou imagens para Cifuentes. Temendo ser chantageado, o traficante enganou o assassino e mandou outro capanga matá-lo.

"Tudo o que respirei e comi na minha vida veio do tráfico de drogas", disse o colombiano aos jurados, durante o depoimento.

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Corrupção internacional

Cifuentes também contou que pagou propina a um oficial da inteligência colombiana para ser informado sobre movimentações e roperações da DEA (Drugs Enforcement Agency, na sigla em inglês), a agência antidrogas dos EUA.

Esse homem mostrou ao traficante todo o material que a agência havia coletado sobre ele e sua família, como conversas gravadas, planilhas e organogramas da quadrilha. Cifuentes disse que ofereceu US$ 10 milhões (cerca de R$ 39 milhões) para que a investigação fosse encerrada, mas o informante disse que seria morto se tentasse isso.

Ele também contou que uma vez tentou pagar US$ 16 milhões (cerca de R$ 62 milhões) para fazer com que um caso aberto na Justiça Federal dos EUA em Miami "desaparecesse", mas que não foi bem-sucedido.

Por fim, o colombiano também afirmou ter pago propina a um ex-procurador-geral do México, Ignacio Morales Lechuga, que atuou na década de 1990. Lechuga negou as acusações.

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