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Centenas de pessoas fazem fila em busca de comida e outros itens em Mariupol

Mais de 1.500 habitantes da cidade ucraniana se reúnem diariamente em um shopping para receber ajuda humanitária

Internacional|Do R7

A cidade de Mariupol está passando por crise humanitária e teve sua população drasticamente reduzida
A cidade de Mariupol está passando por crise humanitária e teve sua população drasticamente reduzida

Centenas de pessoas, diariamente, estão fazendo fila em um centro comercial localizado em Mariupol, na Ucrânia, em tentativa de obterem alimentos e outros itens de necessidade básica, conforme afirmou nesta segunda-feira (6) Petro Andriushchenko, assessor da prefeitura da cidade ocupada pelos russos.

O representante do governo municipal, que vive fora de Mariupol desde a tomada das tropas de Moscou, divulgou a informação através de mensagem no Telegram, de acordo com a agência ucraniana de notícias "Ukrainska Pravda".

"A fila diária para receber ajuda humanitária no antigo shopping Metro, chega a variar entre 1.500 e 2.000 pessoas", afirmou o assessor da prefeitura.

Andriushchenko completou que são entregues "até 400 cestas por dia", para quem aguarda no intenso calor.


Contudo, o assessor destacou que muitas pessoas estão aguardando em vão para receber água potável, que não está sendo possível, porque "não é possível obtê-la em lugar algum".

Além disso, o Andriushchenko lamentou que, nos últimos dias, cerca de dez pessoas são levadas para o hospital a cada hora, por apresentarem mal-estar durante o período em que estão nas filas.


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"Não há outra maneira de conseguir comida. A ajuda humanitária da Rússia é a intimidação e a humilhação. Como tudo o que fazem na cidade", afirmou.

O assessor ainda denunciou a divulgação de informações falsas em canais no Telegram, sobre a organização da evacuação da população de Mariupol com direção à Zaporizhzhia, que teria coordenação da ONU e da Cruz Vermelha Internacional.


A cidade localizada às margens do mar de Azov, que tinha cerca de meio milhão de habitantes, hoje não chega a 100 mil, depois da invasão russa.

Diversas organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas, já alertaram que Mariupol atravessa uma grave crise humanitária.

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