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Democratas apresentam pedido de impeachment de Trump

Partido alega que presidente incitou 'insurreição' depois que apoiadores invadiram o Capitólio para impedir certificação de Biden

Internacional|Do R7, com EFE

Trump "colocou em risco as instituições" do país, segundo pedido de impeachment
Trump "colocou em risco as instituições" do país, segundo pedido de impeachment

O Partido Democrata apresentou nesta segunda-feira (11) o segundo pedido de impeachment contra o presidente Donald Trump, 5 dias depois da invasão ao Capitólio por apoiadores do presidente. No documento, a oposição alega que Trump incitou uma "insurreição" e incentivou ativamente atos de violência na capital.

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Desde antes das eleições de novembro, Trump insinuava que o pleito seria fraudado e que a eleição não valeria. Com o resultado, que garantiu a vitória do democrata Joe Biden, o presidente passou a alegar que a eleição havia sido fraudada, apesar de não haver provas.

Trump já havia sofrido um impeachment entre o fim de 2019 e janeiro de 2020. O afastamento foi aprovado na Câmara dos Representantes, de maioria democrata, mas o julgamento foi impedido no Senado, que então era dominado pelos republicanos.


Depois da invasão ao Capitólio, que deixou mais de 90 presos e 5 mortos, os democratas e alguns republicanos pediram publicamente pela destituição de Trump. Durante a manhã de hoje, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, pressionou o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, a ativar a 25ª Emenda, senão o partido daria prosseguimento ao processo de impeachment.

Pedido de afastamento

Os democratas apresentaram o pedido de afastamento do presidente depois que os representantes republicanos na Câmara rejeitaram a proposta de um pedido bipartidário para o vice-presidente Mike Pence invocar a 25ª emenda da Constituição, que retiraria Trump imediatamente de suas funções.


No pedido, os democratas citam as diversas alegações de Trump a respeito de uma suposta fraude na eleição de novembro, que não foram provadas até o momento e o discurso que o presidente fez aos seus apoiadores em um grande comício perto da Casa Branca na última quarta, antes da sessão que contaria os votos que deram vitória a Biden.

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"Em tudo isso, o presidente Trump colocou em grave risco a segurança dos Estados Unidos e suas instituições do governo. Ele ameaçou a integridade do sistema democrático, interferiu com a transição pacífica de poder e botou em perigo um dos poderes do governo. Dessa forma, ele traiu a confiança que tinha, como presidente, do povo dos EUA", diz o pedido.


Votação pode ser na 4ª

O processo abre o caminho para acusar oficialmente Trump, em uma votação no plenário da câmara que "pode ocorrer na quarta-feira", disse o congressista democrata Dan Kildee, um dos incentivadores da resolução, em entrevista à CNN norte-americana.

A resolução, incluída na agenda da Câmara dos Representantes durante uma breve sessão no plenário nesta segunda-feira, já conta com 210 congressistas favoráveis, o que praticamente definde que Trump será formalmente acusado após a votação.

É necessária uma maioria simples de 218 votos para que a acusação seja aprovada — ou menos, caso haja ausências no plenário —, e os democratas possuem 222 assentos.

A acusação formal na Câmara dos Representantes obrigaria o Senado a iniciar um segundo processo de impeachment contra Trump, após o que foi realizado no ano passado. No entanto, o retorno das atividades do Senado está marcado para 19 de janeiro, um dia antes da posse do presidente eleito, Joe Biden.

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