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EUA vão aumentar deportações rápidas de ilegais com nova regra

Com decisão que será publicada no Registro Federal não será necessário supervisão judicial, permitindo que autoridades removam as pessoas em dias

Internacional|Do R7

Governo dos EUA cria nova regra para deportações
Governo dos EUA cria nova regra para deportações

O governo Trump disse nesta segunda-feira (22) que irá expandir e acelerar as deportações de imigrantes que entrarem nos Estados Unidos ilegalmente ao retirar a necessidade de supervisão judicial, permitindo que as autoridades removam as pessoas em questão de dias, ao invés de meses ou anos.

A medida, que deverá ser publicada no Registro Federal na terça-feira (23), irá aplicar "remoção acelerada" para a maioria dos que adentram os Estados Unidos ilegalmente, a não ser que eles consigam provar que estão morando no país há pelo menos dois anos.

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Especialistas dizem que o ato é uma expansão dramática de um programa já utilizado ao longo da fronteira entre Estados Unidos e México e que elimina a necessidade de uma revisão dos casos por um juiz de imigração, normalmente sem acesso a um advogado. Ambos estão disponíveis em procedimentos regulares.

"O governo Trump está avançando na transformação do ICE (Autoridade de Alfândega e Imigração, na sigla em inglês) em um exército do 'mostre-me seus documentos'", disse Vanita Gupta, presidente da Conferência de Liderança em Direitos Humanos e Civis, em uma teleconferência com jornalistas.


É provável que a medida seja bloqueada rapidamente pela Justiça, disseram especialistas. A União Americana de Liberdades Civis, que entrou com inúmeras ações para combater a política de imigração de Trump nos tribunais, já prometeu tomar medidas legais.

O presidente Donald Trump tem tido dificuldades para combater o aumento da chegada de famílias, a maioria delas vindas da América Central, na fronteira dos Estados Unidos com o México, o que tem levado a superlotações nas instalações de detenção de imigrantes, e a uma batalha política diante de uma crescente crise humanitária.

O governo disse que o aumento das deportações rápidas liberaria espaços nos centros de detenção e aliviaria as tensões nos tribunais de imigração, que atualmente lidam com um acúmulo de mais de 900 mil casos.

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