Japão suspende emergência, mas segue em alerta contra covid-19
'Vamos ter que conviver com o coronavírus', lembrou o primeiro-ministro Shinzo Abe, ao anunciar fim de medidas mais restritivas no país
Internacional|Da EFE
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, confirmou nesta segunda-feira (25) o fim do estado de emergência sanitária por conta da propagação do novo coronavírus, que estava em vigor desde 7 de abril, e pediu aos japoneses que se prepararem para adotar um "novo estilo de vida e não baixar a guarda".
"Vamos ter que conviver com o coronavírus que está ao nosso redor. Se baixarmos a guarda, a infecção se espalhará muito rapidamente", disse Abe, em uma entrevista coletiva na sede do gabinete do primeiro-ministro.
O estado de emergência, que entrou em vigor em todo o país, foi progressivamente reduzido nos últimos dias, mas ainda permaneceu em Tóquio, nas províncias vizinhas e na região norte de Hokkaido.
Ele fez um apelo aos japoneses para que adotem um "novo estilo de vida", com o objetivo de manter as precauções e alertou que, se houver um aumento no número de pessoas infectadas pela covid-19, eles recorrerão ao alerta de saúde novamente.
Novo estado de emergência se casos aumentarem
"Se com essas medidas o número de infecções estiver aumentando, teremos que declarar um novo estado de emergência", disse o primeiro-ministro.
O novo coronavírus afetou cerca de 16,6 mil pessoas no Japão e causou 839 mortes. O primeiro caso foi registrado em 16 de janeiro, e a área mais afetada foi Tóquio, forçando o adiamento dos Jogos Olímpicos que deveriam começar no próximo dia 24 de julho.
Abe observou que a decisão de suspender o estado de emergência levou em consideração que, em todo o país, o número de pessoas infectadas ficou abaixo de 50 casos diários e, além disso, os hospitais não tinham mais limitações.
"O Japão conseguiu controlar a pandemia de coronavírus em um mês e meio" em que o alerta de estado de saúde estava em vigor, insistiu Abe.