Lviv agora no alvo dos ataques russos
Repórteres André Azeredo e André Zorato relatam momentos de tensão após bombardeios chegarem ao oeste da Ucrânia
Internacional|Do R7
A semana começa com uma dúvida para todos os que estão em Lviv. O oeste da Ucrânia entrou de vez no alvo da Rússia. Essa região do país serve de abrigo para muitos refugiados internos.
Tudo vinha bem, dentro dos limites da apreensão, abatimento e tristeza. Mas no último sábado (26), depois das 16h, ocorreu uma explosão forte. Na verdade, três. Eu e o repórter cinematográfico André Zorato estávamos no centro, em uma entrevista, e avistamos a fumaça. Escura, densa e alta.
Lviv estava sendo atacada. Nós gelamos. Os mísseis russos acertaram um depósito de combustíveis na cidade, em região residencial. Esperávamos pelo pior, porque o fogo só aumentava.
O repórter André Zorato tentava achar caminhos para a gente se aproximar, não só para registrar, mas para saber o que estava acontecendo. E, na verdade, encontramos ruas bloqueadas, pouca informação e um cheiro de queimado que ainda está impregnado por lá.
Ainda no sábado, duas cidades vizinhas (Lutz e Bubno) foram alvo também. Três cidades em menos de quatro horas.
No domingo (27) à noite, mais bomba em Lutz. Em Lviv, as sirenes não pararam. As pessoas sumiram das ruas em um piscar de olhos, e os militares passaram a vasculhar todos os cantos sob os olhos atentos e apavorados das pessoas nas janelas.